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"Uma coisa é o documento, outra coisa é a realidade das escolas”, comenta deputada

Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Luciane Carminatti, fala do plano de volta às aulas
Por Marciano Bortolin Florianópolis, SC, 10/09/2020 - 08:46 Atualizado em 10/09/2020 - 10:29
Foto: Divulgação
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A Secretaria de Estado de Educação apresentou nessa quarta-feira, 9, o Plano de Contingência para o Retorno das Aulas da Rede Estadual de Ensino, previsto para o dia 13 de outubro. Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Luciane Carminatti (PT), questiona como ele funcionará na prática. “A maioria das escolas que conheço não tem estrutura para que os alunos façam o distanciamento. Não tem salas suficientes para o distanciamento. O Estado que muitas vezes pedia para alunos levarem papel higiênico vai colocar mascara e álcool gel suficiente? Não pode ter trabalho em grupo, educação física com atividades que gerem o contato. Na prática temos condições reais de executar. Uma coisa é o documento, outra é a realidade de mil escolas da Rede Estadual. Tem escola que 50% dos professores são do grupo de risco. O Estado terá condições de contratar e substituir?”, questiona.

Ainda em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, a parlamentar destacou que as medidas são bem pensadas. “Inclusive por orientação da Organização Mundial da Saúde, porém tem muita preocupação com a realidade da Covid-19 no estado, porque os números não são muito animadores pelo menos em setembro. O que precisamos estar atentos é que temos no documento de diretrizes que mostra que precisa ser monitorado 15 dias antes, se o secretário anunciou a volta das aulas em 13 de outubro, 15 dias antes precisa ter um decréscimo na curva de casos. Se isso não ocorrer é um risco levar professores, alunos, para as escolas”, destacou.

Luciane Carminatti lembrou ainda exemplos de outros locais. “Nove estados anunciaram em julho e  recuaram. É preciso avaliar os dados. A maioria das escolas estão com ensino remoto ou entrega de material. Interessante o que o Rio Grande do Norte está fazendo. Lá seguirá assim neste ano e volta ao presencial no ano que vem. Precisamos monitorar os números, ter muita cautela. Pode ter uma região mais estável, municípios mais estáveis, poderemos ter situações diferenciadas no mesmo estado. É preciso assegurar que volte com segurança. Precisamos ir criando sistemas de monitoramento, abrir em cidades que não tem caso há 15 dias, vai voltando primeiro com os alunos maiores e depois os demais. A preocupação nestes casos é extremamente necessária”, concluiu.

Ouça a entrevista da deputada Luciane Carminatti:

Tags: coronavírus

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