O programa Trato por Criciúma, responsável pela fiscalização do saneamento básico no município desde 2022, já realizou mais de 6.200 vistorias e contribuiu para regularizar 69% dos imóveis visitados, evitando o despejo de cerca de 257 milhões de litros de esgoto sem tratamento no meio ambiente. De acordo com a engenheira Tatiana Gomes Wessler, da Tec Civil Construções, o objetivo é garantir que todos os imóveis com acesso à rede coletora estejam conectados adequadamente. “Ainda temos aproximadamente 3 mil imóveis que não fizeram o agendamento de inspeção. Nestes casos, se o contato não é feito dentro do prazo, a situação é encaminhada para a Vigilância Sanitária, podendo resultar em multa a partir de R$ 2.100,00”, explica.
Além disso, Tatiana ressalta que a principal dificuldade enfrentada é que a ligação da residência à rede de esgoto é de responsabilidade do morador, o que pode gerar custos que variam conforme a irregularidade. “Muitas vezes, basta instalar uma caixa de gordura de cerca de R$ 200, ou apenas desviar o cano da fossa para a caixa de inspeção da rede. Não é um processo complicado, mas é essencial para a saúde pública e preservação ambiental”, afirma.
Segundo a engenheira, mesmo em casos de imóveis antigos, onde a localização dos canos é desconhecida, é possível buscar o projeto do imóvel na prefeitura para identificar a tubulação. “O importante é entender que o saneamento é um investimento em qualidade de vida. Conectar à rede significa mais saúde e menos impacto ambiental para toda a cidade”, conclui.
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