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Segue o impasse: saúde prega isolamento; FCDL afirma que economia não pode parar

Recomendação do Ministério da Saúde é de manutenção do status até o dia 13; comerciantes seguem na pressão por reabertura
Por Heitor Araujo 08/04/2020 - 09:26 Atualizado em 08/04/2020 - 10:11
Comerciantes protestaram na terça-feira (Foto: Arquivo / 4oito)
Comerciantes protestaram na terça-feira (Foto: Arquivo / 4oito)

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Aumenta o tempo de decreto estadual de suspensão de atividades e, em paralelo, a insatisfação de alguns setores. Apesar da recomendação dos especialistas da área da saúde de manter o isolamento social como forma de minimizar a propagação do coronavírus, os comerciantes de Santa Catarina pressionam pela reabertura das lojas. Em Criciúma, por exemplo, houve manifestação neste sentido na terça-feira, na praça central da cidade.

A CDL avaliou como "discriminatória" a determinação do governo do Estado de liberar o setor automotivo e manter as demais lojas fechadas. O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Ivan Tauffer, falou sobre o receio do governo em ampliar a abertura gradual proposta e as dificuldades que os lojistas enfrentam.

"A gente leva condições firmes de tentar igualar os setores. O contágio existe para casa lotérica, banco, empresário maior. Nossa atenção é o pequeno, as lojas familiares, que não têm recursos para pagar os fornecedores e para sustentar a família. A gente quer cumprir os protocolos de segurança, respeitamos todos eles. Mas que tragam alento para a classe lojista. Estão todos bastante nervosos. Não vamos conseguir segurar mais esse pessoal em casa, diante dessa pandemia. O governo está muito receoso", diz Ivan.

Em coletiva de anúncio da prorrogação do decreto até a próxima segunda-feira, o governador Carlos Moisés (PSL) comentou que algumas decisões serão tomadas pelo governo no decorrer desta semana. “É um momento difícil, o governo faz por necessidade e não pro vontade. Sabemos da dificuldade de sustentar negócios e empregos. Estabelecemos algumas linhas de crédito para os pequenos empresários. Pretendemos complementar isso”, citou.

"Essa prorrogação do decreto é um pouco ruim, o setor está aflito porque está aí a páscoa que é uma época importante. Ninguém aqui quer forçar a barra e desrespeitar os protocolos de segurança. O contágio é real, mas precisamos trabalhar. A economia não pode parar. O que adianta resolver agora e em seguida temos outra pandemia que é a falência dos empresários do estado? O que precisa fazer para conviver com o vírus é a questão e o governo não tem nos ouvido muito nesse sentido", rebateu Ivan.

A secretaria de Saúde do Estado baseia-se nas recomendações do ministério da Saúde, de manter até o dia 13 o isolamento para os primeiros estados que entraram em quarentena, como é o caso de Santa Catarina. O Badesc disponibilizou R$ 50 milhões para os pequenos empreendedores e aguarda o Projeto de Lei encaminhado pelo executivo à Assembleia ser aprovado para liberar o crédito. 

Enquanto o comércio permanece fechado, a Polícia Militar mantém as rondas pela cidade e checando as denúncias de irregularidades que chegam pelos canais de comunicação.

"Nesse cenário de coronavírus, somente em Criciúma e região, estamos atuando na fiscalização e orientação. desde o início de todo o processo, até ontem, tivemos a liberação gradual de atividades, respeitando algumas normas sanitárias. Fazemos esse acompanhamento", disse o oficial de Planejamento e Operações do 9º Batalhão de Polícia Militar, o major Rafael Mateus. "Sabemos das divergências, compreendemos, é uma situação muito delicada. Porém, cabe à PM continuar o trabalho de fiscalização e orientação. A polícia está na rua", completou o Major.

Tags: coronavírus

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