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Secretário do Estado explica porque educação infantil não volta antes

Natalino Uggioni respondeu aos pais ansiosos para ter o local para "deixar os filhos"
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 12/06/2020 - 09:07 Atualizado em 12/06/2020 - 09:07
Secretário de Educação, Natalino Uggioni (Foto: Arquivo / 4oito)
Secretário de Educação, Natalino Uggioni (Foto: Arquivo / 4oito)

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Pais e donos de escolas infantis têm pressionado o governo do Estado para liberar a educação infantil em Santa Catarina. O Portal 4oito publicou na semana passada o pedido de uma educadora para  o retorno das aulas, paralisadas desde o dia 18 de março. Pais arguem que precisam de um lugar para deixar os filhos ao sair para trabalhar. Porém, o secretário da Educação do Estado, Natalino Uggioni, apresenta as dificuldades para o retorno da educação infantil.

"É um público diferente, mas tem que discutir se tem que voltar antes. É um público mais difícil de cumprir protocolos de segurança, crianças com menos de três anos nem podem usar máscaras o tempo todo. Ele requer mais proximidade e contato, são condições que precisamos analisar. O nosso entendimento é que deve voltar antes o público alvo de estudantes que tenha mais condições de cumprir a regra, por isso volta antes o ensino superior", pondera.

Uggioni destaca que a escola infantil é um lugar de complemento da educação da criança e não apenas um lugar para deixar os filhos. "A pandemia afeta todos nós, é preciso considerar o papel da escola. Sabemos a importância desse espaço, intervalo de tempo em que os pais precisam trabalhar. Mas nesse meio tempo precisamos encontrar alternativas para conviver de forma harmoniosa nesse período, dentro de determinadas regras", aponta.

A educação deve retornar no dia 3 de agosto, caso o Estado mantenha bons índices de combate ao coronavírus. Cada etapa tem suas dificuldades, de acordo com Natalino. O ensino fundamental exige o alinhamento entre as redes municipais e estaduais. "Temos vários pontos que precisam ser considerados: o transporte dos estudantes, professores que ministram na rede estadual e municipal, escolas compartilhadas, fornecedores de merenda", diz.

"Nós temos 36 coordenadorias regionais e 21 associações de município. Se uma resolve retornar, como conciliar todos esses fatores? Imagina para o Estado se uma coordenadoria retorna e outra não, há um desfio muito maior para fazer gestão. Já temos um desafio muito grande de fornecer material para aula virtual", acrescenta.

Uma preocupação é para que não haja a necessidade de, após retornar com as aulas presenciais, precisar paralisar tudo de novo caso a pandemia avance e haja aumento considerável de ocupação na rede hospitalar. Ao mesmo tempo, ferramentas são criadas no preparo para a transição de retorno ao presencial. 

"Ferramentas vão nos apontar quais professores podem voltar, porque alguns são do grupo de risco e vamos precisar deixá-los em casa. Quais alunos poderão voltar, porque um pai pode querer que continue com atividade em casa. E a retomada dos alunos que tiveram dificuldades nesse período", explica Natalino. 

"Ainda temos alunos que não estão participando, inclusive de ensino médio. É hora do estudante se mostrar protagonista. Estamos provendo a possibilidade de forma online ou buscar o material que os professores estão deixando. Em último caso até levamos o material à casa dos estudantes. Queremos entender por que não estão participando. Não participar agora vai ser uma lacuna imensa no calendário deste ano", conclui o secretário. 

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