A saída dos alunos de Forquilhinha das escolas da rede municipal de Criciúma continua rendendo. Agora por outro motivo. Muitos deles estudam na escola Judite Duarte de Oliveira, no Bairro Sangão, onde são oferecidas aulas para estudantes do 1º ao 9º anos do Ensino Fundamental. Com esta saída, existe a possibilidade do fechamento de algumas turmas entre o 1º e o 3º ano e a transferência de alunos para outras instituições de ensino.

“Tanto no Sangão quanto no São Roque, existem muitos alunos de Forquilhinha que estudam. Esses alunos irão estudar no seu município a partir do ano que vem”, confirma a secretária de Educação de Criciúma, Roseli de Lucca. “Tem uma turma que, de 28 alunos, 21 deles são de Forquilhinha. A média que gastamos é de R$ 1 mil para cada aluno. Vamos organizar essas escolas”, completa.

Protestos dos moradores

A comunidade é contrária a esta possível mudança, que passaria a ser válida já para o ano letivo de 2019.  “Nós somos completamente contra, não tem nem o que ver. É uma escola que faz parte do patrimônio do bairro, tem alguns que passaram por ela e agora estão com netos estudando. Tem cada proposta que chega que é difícil de entender. Mais do que isso, cobramos tanto por educação e querem fechar as turmas”, afirma o presidente da associação de moradores do Sangão e membro da Associação de Pais e Professores (APP) da escola, Diego Selau.

A secretária Roseli observa que a diretora da escola Judite Duarte de Oliveira irá informar quantos alunos continuarão na instituição e, a partir daí, serão tomadas as medidas. A primeira reunião sobre o assunto aconteceu na segunda-feira, com a presença de professores e pais, sem a secretária. “Como a gente quer se libertar se a educação, algo previsto na constituição, acaba vindo na contramão disso?”, questiona Selau. Um novo encontro entre as lideranças da comunidade e a Secretaria de Educação ocorreu ontem à noite. Protestos não estão descartados.