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Salvaro nega suspender as aulas por causa do coronavírus

Universidades da região também continuam com as atividades; médico pneumologista reacende alerta para evitar aglomerações
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 16/03/2020 - 07:51 Atualizado em 16/03/2020 - 07:56
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O coronavírus chegou ao Sul catarinense, com um caso confirmado em Braço do Norte no domingo, 16. O Ministério da Saúde (MS) se prepara para o surto no país, com São Paulo tendo mais de 100 casos confirmados. No entanto, cabe aos municípios adotarem as medidas, de acordo com a realidade regional. Em Criciúma, com nove casos suspeitos, a prefeitura descarta suspender as aulas na rede municipal neste momento. Na rede estadual e em colégios particulares, as aulas também continuam. 

"Dizem 'por que não suspende as aulas?'. Porque nas escolas muitas vezes é um ambiente mais saudável do que as próprias casas. Nas escolas as pessoas são muito bem acolhidas, têm onde ficar. Temos as creches em tempo integral que atende a 12 mil crianças, se paralisar as aulas, você para a cidade. Estamos tomando as medidas responsavelmente", disse Clésio Salvaro (PSDB), em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, nesta segunda-feira, 16.

Surge a reclamação pela colocação de álcool gel nas escolas municipais. Salvaro diz ser impossível. "Você não tem condições para fazer isso, não é uma questão financeira, como que vai colocar álcool gel em todas as escolas? Se você lavar a mão bem lavada com sabonete, também ajuda", afirmou Salvaro.

A medida contraria as recomendações do Ministério da Saúde, publicadas na última sexta-feira, 13, que aconselha a disponibilização de álcool gel em todos os ambientes públicos. "Para os serviços públicos e privados, é indicado que disponibilizem locais para que os trabalhadores lavem as mãos com frequência, álcool em gel 70% e toalhas de papel descartáveis", diz o MS.

O médico Renato Matos, pneumologista, também falou ao Programa Adelor Lessa desta segunda-feira e ressaltou a importância do poder público tomar medidas que minimizem as aglomerações de pessoas. 

"A tendência é de que os números de coronavírus na região aumentem muito. É fundamental que as medidas sejam tomadas de forma bastante rígidas. Me preocupa aqui no Estado que falta uma posição mais prática em relação a aglomerações, às aulas, de como atuar em uma situação que certamente vai chegar. Tem caso aqui perto, a tendência é de aumentar rapidamente", disse. 

O IFSC definiu pela paralisação das aulas pelos próximos 15 dias. A Esucri, Satc e a Unesc permanecem com as aulas normalmente, por enquanto. 

O município de Criciúma estuda, ainda, se haverá a necessidade de cancelar o Jogos Abertos da Terceira Idade, marcado para o dia 25 de março. "Teremos reuniões para discutir o encontro de idosos e clube de mães, quais medidas vamos tomar. Todos os dias à noite temos atos de inaugurações, vamos discutir isso", disse Salvaro.

"As pessoas têm que ficar mais em casa. Bailões de terceira idade é uma coisa absurda, se junta um grupo de altíssimo risco em um local fechado, com risco muito grande de contágio. Tem que parar", avaliou o médico Renato Matos. 

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