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Respiradores: servidora confirma pagamento sem garantia de entrega

Comentarista da rádio Som Maior, Marcelo Lula, teve acesso ao depoimento de Márcia Pauli
Por Marciano Bortolin Florianópolis, SC, 26/05/2020 - 15:45 Atualizado em 26/05/2020 - 16:39
Foto: Reprodução
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O SCemPauta, do comentarista da rádio Som Maior, Marcelo Lula teve acesso com exclusividade ao depoimento da ex-servidora da Secretaria de Estado da Saúde, Márcia Geremias Paulo, que foi exonerada após tornar público o caso Veigamed, que envolve o pagamento antecipado de R$ 33 milhões por 200 respiradores.

A ex-servidora confirma no depoimento que o pagamento efetuado de forma antecipada, foi sem qualquer garantia, tanto que o depósito foi feto no dia 2 de abril, e o Invoice, documento comercial, somente foi apresentado no dia seguinte. “Ele disse que só após o pagamento ele poderia autorizar a compra”, falou Márcia.

E-mails para fornecedores cadastrados

Ela negou que o governo tenha enviado qualquer convite para as empresas do setor, apenas e-mails para fornecedores cadastrados. Quanto a Veigamed, Márcia falou que tomou conhecimento da proposta, através do então secretário Chefe da Casa Civil, Douglas Borba, quando foi oferecido o mesmo modelo que seria adquirido com a Intelbrás, o VG70. No depoimento ela confirma que o médico Fábio Guasti entrou em contato com ela em nome da Veigamed. Ele teria dito que os respiradores estariam no México e que tentaria trazê-lo para o Brasil entre os dias 23 e 24 de março, sendo que a primeira entrega seria feita entre os dias 5 e 7 de abril. 

O foco do depoimento que durou várias horas foi a dinâmica da compra dos equipamentos e de como era realizado o trabalho na secretaria visando a compra. Conforme escreveu Marcelo Lula, Márcia disse que a necessidade era de 300 respiradores, mais que a primeira empresa que firmou contrato com o Governo do Estado, a Intelbrás, somente conseguiu garantir a venda de 100, o que foi ratificado no protocolo de intenções assinado pelo governador Carlos Moisés da Silva (PSL) e pelo então secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino.

Sem pesquisa sobre a empresa

Questionada sobre se foi realizada alguma pesquisa sobre a Veigamed, Márcia relatou que a decisão de confiar na empresa foi da equipe do setor, inclusive, com a aprovação do modelo por parte da área técnica e que coube a Zeferino a negociação dos valores que começou em R$ 169 mil, mas fechou em R$ 165 mil por aparelho.

Em outra parte do depoimento, a servidora revelou que Helton Zeferino a orientou a tentar a devolução dos R$ 33 milhões. Ao falar com Fábio Guasti, ele disse que não iria devolver, pois já havia gast com as negociações e usou como justificativa que o pagamento demorou a entrar na conta, o que é contestado pelo Governo do Estado. 

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