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Respiradores: Advogado investigado garante, não conhecia a Veigamed

Leandro Adriano de Barros é ex-secretário de Saúde de Biguaçu, e foi consultado por Douglas Borba para a aquisição de equipamentos
Por Paulo Monteiro Florianópolis - SC, 14/05/2020 - 15:55 Atualizado em 14/05/2020 - 16:07
Foto: Divulgação
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Ex-secretário de Saúde de Biguaçu, o advogado Leandro Adriano de Barros é um dos investigados na Operação Oxigênio, que apura a compra superfaturada dos 200 respiradores por parte do governo de Santa Catarina. Leandro é apontado como suspeito de ter indicado o Hospital Psiquiátrico Mahatma Gandhi, o qual faz parte do corpo jurídico, no processo de contratação para construção do Hospital de Campanha de Itajaí.

Durante sessão da CPI dos respiradores desta quinta-feira, 14, o advogado explica que entre os dias 21 e 22 de março recebeu uma ligação do ex-chefe da Casa Civil Douglas Borba, pedindo para verificar se tinha conhecimento para trazer respiradores para SC. 

“Nesse período de contratação, entre o dia 22 e o dia 1º, encaminhei uma proposta de R$ 95 mil um respirador, e uma segunda em nome de Luiz Henrique na ordem de R$ 100 mil, formalizada em 19 mil dólares, com pagamento na entrega do equipamento. Minha participação foi encaminhar alguns orçamentos, seja diretamente a ela ou por intermédio do senhor Luiz Henrique. Ele [Douglas] sabe que eu trabalho na área da saúde, acredito que na visão dele eu poderia contribuir neste processo de aquisição. O mercado era 80% de especulação, muita gente oferecia para vender o que não tinha".", disse Leandro.

O advogado afirma que só foi ter conhecimento da empresa carioca responsável venda dos 200 respiradores após o processo de contratação com a Secretaria de Estado da Saúde já ter ocorrido. “Antes do dia 3 eu não conhecia a Veigamed, Ele [empresário Fábio Guasti] me liga e pede para eu tentar tranquilizar o estado, porque tinha um boato de que a Veigamed era fantasma e ele disse que pertencia ao grupo dele. Fiz o que ele me pediu”, disse.

Fábio é um empresário paulista proprietário da empresa Melvale, a qual Leandro possui ligação jurídica desde o início de 2019. O advogado destacou que não tinha conhecimento de que a empresa carioca fazia parte do grupo o qual Fábio era proprietário. “Conheci a Veigamed depois de o Estado ter efetuado o pagamento a ela”, destacou.

Leandro ressaltou que não é o culpado do ocorrido entre a empresa carioca e o Estado sobre a contratação dos respiradores. “O culpado dessa relação é o senhor Fábio Guasti, que mediu essa relação. As mensagens que enviei para Márcia eu coloco que não sabia como seria. Eu intermediei depois que foi feito o pagamento. Me parece que a Veigamed exigia 25% ou 50% antecipado, não precisava ter pago tudo”, comentou.

O advogado diz não saber se Douglas Borba tem ou não envolvimento no processo dos respiradores, mas aponta para o ex-secretário e Saúde Helton Zeferino a responsabilidade da contratação. “O que posso afirmar é que a responsabilidade de pagamento antecipado é de secretário de Estado, que seria o Helton. Me parece que teve também compra dos EPIs com pagamento antecipado".

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