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Reconstrução do Museu Nacional entra em nova fase

A obra terá um novo modelo de governança
Por Cristina Indio do Brasil - Agência Brasil Rio de Janeiro - Rj, 01/09/2019 - 18:40
Divulgação
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A reconstrução do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, entrou em uma nova fase. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assinou junto à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Fundação Vale, um protocolo de intenções para estabelecer um novo modelo de governança para o projeto Museu Nacional Vive, de reconstrução do espaço cultural, que antes do incêndio no dia 2 de setembro de 2018, era um dos maiores museus de história natural e antropologia das Américas.

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, disse que o novo modelo vai permitir um ambiente adequado de conformidade para atração de investimentos privados. “Certamente quando você traz transparência, consegue melhorar este processo. Nós teremos também mais agilidade. A sociedade quer o seu Museu Nacional de volta, as crianças querem o museu de volta. Cabe a nós fazer isso acontecer”, contou.

O coordenador-geral de Planejamento e Orçamento das Instituições Federais de Ensino do Ministério da Educação, Weber Gomes de Sousa, disse que, para o MEC, a reconstrução do Museu é uma ação prioritária do estado brasileiro. “Esta instituição que está representada nesse palácio ao nosso lado conta a história da nossa humanidade. A reação da comunidade interna após a trágica ocorrência mostra a importância que o Museu tem para o mundo, não só para o Brasil. O MEC enxerga como prioridade e tem atuado de forma altiva apoiando o Museu”, informou, acrescentando, que o MEC já repassou do seu próprio orçamento mais de R$ 16 milhões para o início da recuperação do Museu, como estabilização do prédio e a construção da cobertura.

Assinatura

A assinatura ocorreu em uma cerimônia dentro do que sobrou do Palácio São Cristóvão, sede do Museu Nacional, onde já foram realizadas obras de escoramento do prédio e de cobertura para garantir a qualidade do acervo que ficou em meio aos escombros. A reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho, disse que a expectativa é de que entre o fim desse ano e o início do próximo comecem as obras da fachada do prédio e do telhado. Para 2022, ano do bicentenário da Independência, ela planeja a inauguração, de pelo menos, uma ala do novo Museu.

Recursos

Conforme o protocolo, a Fundação Vale vai liberar R$ 50 milhões para emprego no novo modelo de governança para a reconstrução do museu. “O modelo de governança, sustentabilidade, velocidade para uma obra que é muito importante. Senhores, nós não podemos perder tempo. A sociedade nos cobra hoje transparência, velocidade e entrega”, observou o diretor executivo de Relações Institucionais da Vale e presidente do Conselho de Curadores da Fundação Vale, Luiz Eduardo Osório.

O Museu conta ainda com R$ 21 milhões referentes a um projeto com o BNDES para a reforma do espaço cultural. Negociado antes do incêndio, ele teve o escopo alterado para permitir que os recursos sejam aplicados na reconstrução. O superintendente de Gestão Pública e Socioambiental do BNDES, Júlio Costa Leite, que representou o banco na cerimônia, disse que o valor de R$ 21 milhões foi mantido. “Não adianta a gente só reformar e construir, mas tem que pensar na sustentabilidade dos museus, como dialogam com a sociedade e o banco está desenvolvendo muitas coisas em relação a isso”, revelou.

Os recursos do BNDES, de acordo com a reitora da UFRJ, foram liberados para a Associação dos Museus. “Assim que o projeto executivo da fachada ficar pronto vamos licitar as obras usando uma parte dos recursos de emendas de bancada e uma parte do BNDES”, disse.

Bancada

Parlamentares da bancada federal do Rio de Janeiro estiveram presentes à cerimônia. Dois dias após o incêndio do Museu, em 2 de setembro de 2018, os deputados se comprometeram em destinar emendas impositivas no valor de R$ 55 milhões, referentes ao estado do ano passado com liberação prevista em 2019.

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