O Sul de Santa Catarina elegeu, neste ano, três deputados federais e oito estaduais. Destes, os maiores valores empregados nas campanhas foram de Geovânia de Sá (PSDB) – federal e Ada De Luca (MDB) – estadual. O prazo para a entrega à Justiça Eleitoral da prestação de contas relativa ao primeiro turno encerrou nesta semana.

Conforme os dados disponibilizados no sistema de divulgação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Geovania de Sá, que garantiu a reeleição para a Câmara Federal, declarou ter gastado R$ 2.049.442,90. Levando em consideração que a deputada conseguiu 101.937 votos, é como se cada R$ 20,10 fossem revertidos em um voto. É a maior proporcionalidade entre os eleitos pelo Sul.

A maior parte desta verba veio da doação de partidos. Foram repassados R$ 2 milhões. Geovania teve uma campanha estadualizada e conseguiu votos em todos os municípios catarinenses, sendo, a partir de fevereiro do ano que vem, a única representante dos tucanos do estado na Câmara Federal.

A segunda campanha em maior volume de gastos entre os três federais eleitos foi de Ricardo Guidi (PSD). Atualmente deputado estadual, Guidi concorreu a federal em outubro. De acordo com a declaração, foram gastos R$ 746.736,24. A eleição se deu com 61.830 votos. Fazendo a proporção, foram R$ 12,07 revertidas em um voto. A maior parte dos recursos, R$ 700 mil, também foi oriundo do partido.

Daniel Freitas (PSL) foi o segundo deputado federal mais votado em Santa Catarina, com 142.571 votos. Os gastos declarados de sua campanha ficaram em R$ 320.200,00. Fazendo a mesma conta, chega-se ao valor de R$ 2,24 por voto. A mais baixa proporcionalidade entre os três eleitos da região. O gasto é ainda menor do que muitos candidatos que não obtiveram êxito no pleito de outubro. Todo o recurso foi proveniente de doação de pessoas físicas.

Já entre os oito eleitos para a Assembleia Legislativa, foi Ada de Luca que registrou o maior valor gasto. A deputada conseguiu a reeleição com 34.501 votos. Considerando que a despesa declarada foi de R$ 629.883,26, a proporcionalidade por voto ficou em R$ 18,25. Do valor total, R$ 500 mil foram repassados pelo partido.

O segundo maior gasto entre os eleitos foi registrado pela campanha do deputado José Milton Scheffer (PP), que garantiu a reeleição com 39.196 votos. O gasto declarado é de R$ 504.661,46, chegando-se a R$ 12,87 revertidos a cada voto. A maior parte da verba veio de doação do fundo especial.