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“Qualquer uma das vacinas que foram aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes”, destaca especialista

Pneumologista Renato Matos responde principais dúvidas com relação aos imunizantes
Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 24/06/2021 - 15:33 Atualizado em 24/06/2021 - 15:48
Foto: Divulgação
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A vacinação contra a Covid-19 teve início há alguns meses, mas dúvidas ainda pairam sobre a cabeça de muitas pessoas, principalmente com a chegada de cada vez mais imunizantes fabricados por diferentes laboratórios de diversos países.
Quantas doses preciso tomar? Uma vacina é melhor que a outra? Preciso continuar usando máscara depois de ser vacinado? Posso escolher o imunizante? Para sanar algumas destas dúvidas, a redação do Portal 4oito entrevistou o pneumologista Renato Matos.
 
4oito: Porque é importante tomar a vacina? 

Renato Matos: A vacinação é a única maneira de ativar o nosso sistema imunológico sem que tenhamos sido infectados. Além disso, a imunidade provocada pela vacina é muito maior e muito mais prolongada que a imunidade conferida por um processo infeccioso. A vacina é a única maneira de voltarmos a nossa vida normal.

4oito: Das vacinas disponíveis, alguma é a mais recomendada?

Renato Matos: Qualquer uma das vacinas que foram aprovadas pela Anvisa são seguras e eficazes. Não existe nenhum estudo que compare vacina contra vacina. Qualquer uma que tenhamos hoje, seja CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer, ou qualquer outra que a Anvisa venha a aprovar, podem ser utilizadas com tranquilidade.

4oito: A AstraZeneca dá mais reações? Porque?

Renato Matos: Existem relatos de reações mais intensas após a vacinação pela AstraZeneca, mas em sua imensa maioria são reações normais de vacina como dor no local da vacina, dor de cabeça, um pouco de febre. São comuns a tantas outras vacinas.

4oito: A CoronaVac protege como as outras?

Renato Matos: A CoronaVac é uma vacina muito boa, utilizada em diversos países e, inclusive, tem aprovação da Organização Mundial da Saúde (OMS) também. Todas as vacinas que foram aprovadas pela Anvisa e OMS podem ser utilizadas com tranquilidade.

4oito: E se não teve reação é sinal que a pessoa não está protegida?

Renato Matos: O fato de não apresentar reação pós-vacina não significa que não haja imunidade, que não tenha sido provocada a imunidade. A reação é muito individual.

4oito: Devemos confiar nas vacinas?

Renato Matos: As vacinas são confiáveis. Os estudos clínicos são feitos com grandes populações. Temos bilhões de vacinados no mundo e a vacina é segura e eficaz como mostraram este estudos.

4oito: A vacina pode provocar Covid-19?

Renato Matos: A vacina não tem a mínima possibilidade de causar doenças. A vacina é feita com pedaço do vírus, vírus inativado. Outras formas de apresentação do vírus no nosso organismo, mas a probabilidade que a vacina provoque doença é zero.

4oito: A pessoa vacinada ainda pode transmitir o coronavírus?

Renato Matos: A vacina promete que se formos infectados, a princípio possamos tratar esta infecção em casa, sem a necessidade de internação. Mas os estudos apontam que a pessoa, ao ser infectada, pode transmitir o coronavírus, por isso a importância de as pessoas, mesmo vacinadas, manterem os cuidados como o afastamento físico e uso de máscara.

4oito: Basta uma dose da vacina para ficar imunizado?

Renato Matos: Nas vacinas indicadas para duas doses, as pessoas serão imunizadas depois da segunda dose. Geralmente, três ou quatro semanas depois. Existem vacinas como Janssen, que são de dose única. As vacinas mais recorrentes são necessárias as duas doses para que possamos estar realmente imunizados.

4oito: Com que porcentagem de vacinados Santa Catarina pode “voltar a ter uma vida normal”?

Renato Matos: Se fala entre 60% e 80% das pessoas vacinadas, mas vamos saber isso lá na frente.

4oito: A pessoa pode escolher qual vacina tomar?

Renato Matos: Não há a possibilidade de se escolher a vacina. Todas as vacinas são seguras. Não tem a possibilidade de dizer quero esta ou aquela. Está totalmente fora de cogitação, principalmente neste momento em que há escassez de vacina. Talvez nos próximos anos, quando tiver maior quantidade e ser oferecida por serviços particulares, pode-se escolher.

4oito: Quem foi vacinado pode contrair o coronavírus e ter quadro grave?

Renato Matos: Quem foi vacinado pode contrair o vírus, mas na maioria das vezes vai ter quadro leve. Presença de quadro grave seria fora do padrão e se vê com raridade.

4oito: Depois de tomar a vacina, a pessoa pode abandonar todos os protocolos?

Renato Matos: Deve ser mantido os protocolos. O uso de máscara, distanciamento, lavagem de mãos. A vacina protege, mas não nos torna completamente incólumes ao vírus. Podemos estar vacinados, ser infectados, e eventualmente ter quadros moderados do vírus.

4oito: A pessoa tomou a vacina da gripe e precisa esperar 14 dias para ser imunizado contra a Covid-19. Ela vai perder a sua vez?

Renato Matos: Se fez a vacina da gripe, é preciso esperar 14 dias. Se está próximo de ser chamado, o ideal é que faça a vacina do coronavírus pela raridade da vacina e depois fazer a vacina da gripe.
 

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