Um projeto desenvolvido pelo Senai de Santa Catarina juntamente com empresa Opto, de São Paulo, foi selecionado em um edital nacional que tem como objetivo desenvolver tecnologias de combate ao novo coronavírus. O trabalho busca detectar e identificar à distância pessoas que estejam com febre ou temperaturas elevadas - um dos sintomas do Covid-19.

Responsável pelo desenvolvimento do sistema, a empresa paulista explica como é feito o reconhecimento dessas pessoas febris. “A identificação é feita de duas formas hoje, utilizando uma câmera térmica e uma câmera visível. Fizemos uma fusão de imagens, em que a térmica consegue ver todo o espectro de temperatura no ambiente, focando no rosto da pessoa, identificando o estado febril. Já com a visível conseguimos saber qual pessoa foi identificada”, destacou o diretor de pesquisa e desenvolvimento em inovação do grupo Akaer, detentor da Opto, Joselitos Henrique. 

O sistema, apesar de ser utilizado para o combate à doença no país, é fruto de uma adaptação de um produto que já havia sido desenvolvido pela empresa. O objeto original era utilizado em carros de combate, em um sistema militar. Com a adaptação e a proposta elaborada pelo Senai, ele pode ser readaptado para uma nova realidade.

“O sistema já está funcionando. Temos uma unidade há mais de duas semanas no Hospital Municipal e São José dos Campos, onde tem o maior foco de tratamento de Covid-19. Esse equipamento já está na recepção para interceptação de pessoas que estejam com a temperatura elevada, para evitar que tenham contato com outras”, disse Joselito.

O projeto deverá ainda ser utilizado em ambientes de aglomeração, como terminais de ônibus, rodoviárias e aeroportos. Segundo Joselito, a conexão entre sistemas pode fazer com que o software identifique a pessoa com febre em determinado local e já acione a vigilância, assim como repasse os dados para outros sistemas.