Santa Catarina está no radar internacional, e é por um bom motivo. As ações e as obras de prevenção aos desastres climáticos, realizadas desde 2011 no estado, chamaram a atenção do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O recado foi passado pelo diretor regional do escritório do PNUD para a América Latina e Caribe, Lenni Montiel ao governador Raimundo Colombo.

Os secretários de Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, e de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond Vieira, participaram do encontro, que teve a presença também de Angelika Planitz e Ugo Blanco, técnicos do PNUD nas áreas de prevenção a desastres climáticos.

“O nosso objetivo aqui na ONU era aproximar toda a experiência que eles tem de Defesa Civil. PNUD, que é uma instituição que acompanha no mundo inteiro, vai dar uma atenção especial para Santa Catarina e isso vai se transformar num selo de qualidade, numa integração maior e num melhor resultado. Abre portas para que a gente possa alcançar novos financiamentos”, afirmou Colombo.

Esta foi a 16º missão internacional liderada pelo governador desde 2011, sendo seis no atual mandato. Moratelli, lembrou que os catarinenses tem a maior perda per capita do Brasil em razão dos desastres naturais e busca soluções práticas capazes de criar uma política que torne Santa Catarina um estado resiliente nas questões climáticas.

“A própria expansão da rede de monitoramento é algo necessário, para que possamos continuar com essa implantação e a proteção do catarinense. Foi uma agenda muito propositiva, porque a gente traz a experiência internacional para dentro de Santa Catarina, a avaliação do nosso projeto e conseguimos fazer com que nosso estado tenha a continuidade de projeto de maneira assertiva”, analisou Moratelli.

Na última terça (23), a comitiva liderada por Colombo participou de duas reuniões na sede do Banco Mundial, em Washington (Estados Unidos). Na primeira, foi entregue a Carta Consulta da segunda etapa de obras que fazem parte do Projeto de Prevenção e Mitigação de Desastres de Santa Catarina para o diretor sênior do Banco Mundial, Ede Jorge Ijjasz-Vasquez, que se mostrou favorável aos investimentos.

“Estamos terminando a etapa 1, que era uma etapa muito importante, e agora iniciando a etapa 2, e para isso nós vamos precisar de financiamento e também de um acompanhamento para avaliar tudo o que nós já fizemos e conseguir vencer com a segunda etapa, que é a melhoria de rios, a melhoria da questão do deslocamento das águas, então há toda uma etapa a ser concluída, não é uma questão de governo, é uma questão de Estado. A nossa programação vai até 2029”, explicou Colombo.

O diretor regional do PNUD, Lenni Montiel, elogiou o trabalho realizado por Santa Catarina. “Nos impressiona que o Governo de SC busque esse reconhecimento, porque a Defesa Civil do Estado representa um marco do que se faz no Brasil. É um orgulho ter a visita de vocês e de compartilhar as experiências”, destacou Montiel e acrescentou: “Estamos muito interessados em iniciar a conversação e encontraremos o caminho para realizar coisas conjuntas”. Salientou que a experiência catarinense na América Latina é muito importante, porque outros estados e países podem aprender com Santa Catarina.

Lenni Montiel informou que o escritório do PNUD no Brasil deverá enviar um grupo de trabalho à Florianópolis para discutir com o Governo do Estado como definir os caminhos para a certificação de Santa Catarina.