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Prejuízos na bananicultura passam dos R$ 50 milhões

Jacinto Machado foi o município mais atingido do sul, com perdas de R$ 43 milhões
Por Vitor Netto Criciúma - SC, 10/07/2020 - 14:10 Atualizado em 10/07/2020 - 14:23
Fotos: Epagri
Fotos: Epagri

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O ciclone bomba atingiu fortemente a agricultura, principalmente a produção de banana na região. Os prejuízos ultrapassam R$ 50 milhões e milhares de toneladas perdidas. Esse foi o assunto do programa Agora desta sexta-feira, 10, na Rádio Som Maior, que recebeu o gerente regional da Epagri, Edson Teixeira, e a presidente da Associação dos Bananicultores, Adriana Rosso. 

Conforme Teixeira, após o episódio do ciclone a equipe da Epagri já iniciou um levantamento dos dados das perdas. "A banana foi a mais impactada pois ela está em campo o tempo todo", explica. 

Edson Teixeira, gerente regional da Epagri

Em Criciúma, 660 hectares de produção foram perdidas, sendo destes 140 hectares totalmente destruídos. "Aproximadamente 7 mil toneladas de banana vão deixar de ser produzidas nos próximos seis até 18 meses na cidade. Isso gira em torno de um prejuízo de R$ 7 milhões na cidade", comenta Teixeira. 

Adriana Rosso, presidente da Associação dos Bananicultores

Mas a cidade mais afetada na região é Jacinto Machado, importante produtora da fruta. "Lá são 3.800 hectares com perda, com 300 hectares totalmente destruídos. São R$ 43 milhões de prejuízos produção. É bem impactante", completa o gerente. 

Conforme a presidente e produtora de banana, foram somas de problemas que afetaram a produção. "A caturra foi a mais atingida e ela já estava pronta para a colheita. A seca já deixava na situação difícil e ainda teve o granizo no fim do ano passado. Agora com o ciclone, quando estava já pronta, foi tudo ao chão", explicou Adriana. 

Seguro aos produtores de banana

Epagri, juntamente com outros órgãos, estão trabalhando em medidas de apoio aos produtores. "Uma medida que a gente vem lutando é o seguro para o produtor da banana. Os produtores contratam o financiamento, mas os bananicultores não tem tanto esse costume do financiamento e então não tem um seguro e não conseguem declarar falência do plantio", explica Teixeira. 

A medida de agora é levantar os dados e juntamente com os outros órgãos estão buscando que essas seguradoras deem assistência aos produtores. 

Retomada do plantio 

Adriana já planeja como fará a retomada da produção. "Já estamos verificando a compra de novas mudas. Vamos comprar as mudas de São Paulo, pois em Itajaí já não dá de comprar", comenta Adriana. 

A planta demora aproximadamente um ano e meio a dois para a muda dar frutos. Ouça a íntegra da entrevista ao Agora no podcast:

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