As polícias civis de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo deflagraram na manhã desta quarta-feira (10) a Operação Squadrone, que visa o combate ao tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo e comércio irregular de munições. Cerca de 100 policiais civis do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) do Rio Grande do Sul e 90 policiais civis de três estados estão atuando na operação.

Foram cumpridos 31 mandados de prisão, 43 de busca e apreensão, 26 bloqueios de contas bancárias e quatro ordens de restrições veiculares em quatro estados e 21 municípios. Entre os presos, está um traficante português que atualmente cumpre pena na Europa. Estão sendo executadas 104 medidas cautelares de prisões temporárias, busca e apreensões domiciliares e bloqueios de contas bancárias.

Mandados no Sul de Santa Catarina

Nas cidades catarinenses os municípios que estão com mandados de prisão sendo cumpridos são: Balneário Arroio do Silva, Balneário Rincão, Criciúma, Içara, Itajaí, Itapema, Joinville, Navegantes, Penha e Tubarão. Em Rio Grande do Sul, a ação ocorre em Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Triunfo, Sapucaia do Sul e Rio Grande. Além de Foz do Iguaçu e São Miguel (PR); Ribeirão Preto e Itaquaquecetuba (SP).

Quando iniciaram as investigações?

Segundo o delegado Rafael Delvalhas Liedtke, coordenador da 2° Delegacia de Repressão ao Narcotráfico, as investigações iniciaram há mais um ano, em que foi realizado a prisão em flagrante de um casal, sendo um homem com antecedentes policiais de Santa Catarina e uma mulher paranaense menor de idade, que estavam vendendo tijolos de crack em Porto Alegre.

A partir desse caso, após autorização judicial, as investigações se seguiram e demonstraram que existia uma “aliança” envolvendo dois dos principais grupos de narcotráfico do Rio Grande do Sul, com origem no Vale dos Sinos, e de Santa Catarina, com origem em Florianópolis, que visava o comércio das drogas.

Líder executado em Criciúma

Um dos líderes do alto escalão da facção criminosa de Santa Catarina foi executado em Criciúma em setembro de 2023. Segundo as investigações, no intervalo de 15 dias, os criminosos movimentaram mais de R$ 5 milhões com a venda de cocaína e crack entre os dois estados. O dinheiro era destinado para contas de empresas de fachada para os estados do Paraná e São Paulo, além de uma casa de câmbio em Santa Catarina

Segundo o que foi divulgado, um traficante português naturalizado brasileiro fazia a comercialização das drogas nas redes sociais e ostentava uma vida de luxo. Alguns dos integrantes da associação criminosa já estavam presos e utilizavam os lucros para obterem regalias.

As medidas executadas pelos policiais civis foram expedidas pelo Poder Judiciário Gaúcho após favorecer do Promotor de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul