Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Planos, desafios, surpresas... a aventura de ser pai

O Programa Do Avesso da última sexta-feita antecipou as homenagens para o dia em que os pais são os caras
Por Redação Criciúma, SC, 11/08/2019 - 10:15 Atualizado em 11/08/2019 - 10:29
Foto: Mano Dal Ponte / 4oito
Foto: Mano Dal Ponte / 4oito

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Diferentes formas de virar pai, mas a mesma consequência: um amor indiscutível. "Veio ao natural", conta João Nassif, quando indagado sobre a decisão de ser pai de Joana Carina. "Mais ou menos", pondera Arthur Lessa, quanto à vinda de Ana Frida. "Não foram planejados, mas são presentes", reume Denis Luciano, pai de Ângelo e à espera do nascimento de Vinícius. O Programa Do Avesso da última sexta-feira, 9, recebeu três dos pais da Rádio Som Maior para contar mais sobre paternidade.

"Eu já estava conversando com a Rafa, ia ser legal para o ano que vem. E veio o ano que vem. Estávamos falando disso em 2013 para ter a Ana em 2015. Nasceu em 2014", reforça Arthur. E quando é que a ficha cai? "Quando chega a criança", responde Nassif. "Quando assisti o parto. Eu nunca desmaiei, mas aquele dia, da vinda do Ângelo, eu tonteei e alguém que nem sei quem foi me segurou ali. Naquele momento que você pega o seu filho, é indescritível o filme", relata Denis.

Para Arthur, um instante eternizado em uma foto cristaliza essa resposta, sobre quando se deu conta efetivamente de que era pai. "Hoje em dia a gente perde muita foto por não revelar. Eu tenho medo de perder aquela foto que eu tenho na mente. Eu de moletom, parecia um guri de 15 anos, madrugada, ela chorando à noite, eu com ela e parecia que eu estava segurando a coisa mais preciosa do mundo, e estava. Todo encolhido", destaca. Pai de Paulinho, que está com seis meses, o apresentador Mano Dal Ponte ajudou contando uma boa estratégia para não perder as fotos dos filhos, já que o assunto era eternizar momentos. "Um amigo criou um Instagram fechado, postou todas as fotos e vídeos. Ele criou um álbum virtual para o filho que cinco pessoas tem acesso. Uma ideia genial para não perder foto", disse.

O desafio da distância

Lidar com a distância dos filhos, por circunstâncias da vida, sempre foi desafiador. E os papais convidados do Avesso não fugiram ao tema. "A Joana com dois meses eu fui fazer um jogo no Equador, da Seleção. O avião passa em cima do Lago Titicaca, não acaba nunca. Daí eu comecei a escrever uma carta para a Joana, da felicidade de ser pai, pela distância, dois meses apenas e tão longe, e postei essa carta em Quito", conta Nassif.

São 700 quilômetros de distância entre o pai Denis e o filho Ângelo, que vive na cidade gaúcha de São José do Norte. "Mesmo com a distância nunca perdemos um elo muito bacana. O Ângelo está numa alegria com esse irmãozinho, incrível, 700 quilômetros daqui. Essa renúncia que você faz tem que ter uma razão. Você aprende a conviver com isso, com o filho entendendo, é muito melhor. Ele entende a causa, que é um sacrifício em nome do futuro dele", destaca. Denis também usa as cartas para se comunicar com o filho. E começou isso com Vinícius, que nasce em fevereiro de 2020. "Ontem escrevi também uma carta para ele e para ela, a Amanda, que recebeu a carta, leu, a carta do menino conversando com a mãe, explicando o pai", revela.

O que fazer, o que não fazer

A descoberta da gravidez nem sempre é um momento tranquilo. Mas no fim das contas, tudo dá certo, concordaram os convidados. "Quando você descobre, vê o tamanho do desafio. Sempre é desafiador, conforme a circunstância de vida, mas as coisas vão acontecendo e a natureza conspira a favor da paternidade. Por mais que existam complicadores, vai chegar um momento em que a natureza vai conspirar a favor da proteção daquela criança. Isso torna o pai e a mãe sublimes, a criança nasce para ser feliz", afirma Denis.

Mas nem tudo o pai consegue fazer. A mãe é mais habilidosa, naturalmente. Nassif não tem dúvidas e resume o que nunca fez. "Limpar a bunda de filho", dispara. "Ninguém trocava fralda da Ana Frida melhor que eu", orgulha-se Artur. "A parte mais estética é complicada. O básico eu consigo", completa. "É que os tempos são outros. Nunca fechei uma fraldinha, nem sabia", pondera Nassif. "Com a fralda descartável é mais tranquilo. A questão estética da criança também me preocupa, com o menino eu respirei um pouco aliviado, estabelecer o padrão estético da criança, eu não estabeleci o meu ainda, então é com a Amanda", completa Denis.

Fora que, para controlar o choro do bebê, nada melhor que a mãe, claro. "Quando a criança está chorando, a mãe suporta diferente, o pai entra em desespero junto. O cara vai pegando tudo que é roupa, a mamadeira vai de qualquer jeito. A mãe tem um trato diferente", lembra Mano. "Cada um faz a sua parte, daí dá certo", afirma Nassif. Para Denis, "o choro contínuo é desesperador. Parece que a mãe consegue lidar de uma forma diferente".

A experiência de ser avô

Nassif vive a experiência de já ser avô. "É diferente. Não é pior nem melhor, a minha filha vai ser sempre o meu xodó, e o pequeno também vira um xodó. Vai se equilibrando. Eu fico um pouco mais longe, moram em Maracajá, não é toda hora que dá para ir", refere. Seu neto vai completar 2 anos em setembro. E ele deixa o menino bem à vontade, sempre. "Tem que deixar fazer. Vai chutar, vai quebrar, vai jogar no chão, deixa. É o que eles fazem nessa idade. Tem uma foto dele na mesinha da sala que ele sabe que é dele. Ele vai lá, busca", conta.

Tem aquela história de o filho ser mais ligado na mãe e a filha, no pai. Será? "Tem o filho, faltou a mãe. Ou faltou o pai. Quem fica tem que suprir essa personalidade, cumprir o papel. É da natureza humana esse cruzamento", opina Denis. "O puxassaquismo é inerente, ser puxa saco do pai ou da mãe", argumenta Mano. "Eu mais novo era colado na minha mãe", observa Arthur. A apresentadora Pity Búrigo contou que "o meu irmão ia com a mãe no mercado e se algum homem olhasse, ele fazia cara feia".

Confira também - Os pais da Som Maior contam histórias no Avesso

E as ocasiões inesquecíveis? São muitas. "O dia da formatura e o dia do casamento dela", revela Nassif. "É quase todo dia. Mas tem um, pela alegria dela, eu levei na Disney em Paris. Aí você vê o impacto dos personagens nas crianças. Ela é apaixonada pela Cinderela, ficamos uma hora e meia na fila, a gente entrando e conversando com ela, que podia não ser a Cinderela. Caiu na Cinderela", alegra-se Arthur.

A forma como o filho Ângelo lidou com o luto ensinou muito o pai Denis. "O Ângelo tem umas sacadas que eu penso que ele é bem mais maduro que a idade permite. Quando eu perdi meu pai, faz dois anos, ele tinha 13. Quando eu perdi a mãe, faz 9 anos, ele tinha 6. Quando a minha mãe partiu eu fiquei impressionado com o que ele disse. E foi assim de novo quando o pai partiu. Daí eu fiquei pensando no tamanho da responsabilidade. O conceito que veio na cabeça dele, da reação à perda, ele teve frases lindas para me dizer, com jeito de criança mas com densidade", refere. "Eu aí aprendi muito a lidar com perdas por causa do meu filho, por causa da postura dele", completa.

Ser pai de menina

Mano puxou para a conversa um colega de Som Maior que tatuou, em um dos braços, uma mensagem da sua filha: o apresentador Max Everson. "Está escrito 'papai, te amo muito. Da sua filha, Carolina'. Ela mandou essa carta no Dia dos Pais com 5 anos. Ela hoje mora sozinha em São Paulo com 22 anos e é um orgulho meu", conta Max. "Quando ela está de TPM, eu estou também. É uma conexão indescritível", disse, confirmando a intimidade com a filha. 

E como é ser pai de menina? "O pai de menina tem que entender que um dia ela vai arrumar um namorado. Eu entendi quando vi que ela estava feliz", observa Max. "Não me incomoda. Eu tenho preocupação mas como eu não fui ciumento com as minhas irmãs, fui tranquilo com ela. As duas são mais novas. Muitos amigos meus tentaram dar em cima das minhas irmãs, alguns eu delicadamente descartei, mas eu nunca tive ciúmes. Vou ter um medo de que não machuquem a minha filha", reforça Arthur. "Eu também com a Joana era danado. Mas vai passando, arruma namorado, daqui a pouco o namorado está dentro de casa, complicado. Felizmente encontrou o Marcelo que é um cara centrado, família", arremata Nassif.

Recorde a edição especial do Programa Do Avesso de Dia dos Pais no podcast. E feliz Dia dos Pais!

Copyright © 2022.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito