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Pescadores reclamam da poluição do Rio Araranguá

Fertilizantes despejados no rio atrapalham a pesca, alegam profissionais
Por Heitor Araujo Balneário Rincão - SC, 20/01/2020 - 14:15
Pesca da tainha, que acontece entre maio e julho, é a mais aguardada (Foto: Arquivo)
Pesca da tainha, que acontece entre maio e julho, é a mais aguardada (Foto: Arquivo)

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Como em toda a costa brasileira, a pesca é uma importante ferramenta de renda de famílias no Balneário Rincão. Os pescadores estão atentos às safras, especialmente a da tainha, que começa no dia 1º de maio e se encerra no dia 31 de julho. Fora deste período, outras safras menores e o seguro defeso são as fontes de renda.

Porém, nos últimos anos, os pescadores do balneário sentiram a mudança na profissão. No programa Som Maior Verão desta segunda-feira, da Rádio Som Maior, os profissionais relataram os problemas que vem enfrentando nos últimos anos. A poluição do Rio Araranguá é uma das inimigas da pesca no Oceano Atlântico.

"A porção de peixe hoje comparado a trinta anos atrás é insignificante. Tem muito menos peixe no mar. O Rio Araranguá traz bastante água. Hoje a poluição do rio não é perceptível, mas hoje não tem nenhum peixe. Só dá pra pegar algo ali quando a maré enche", afirma Zé Grilo, um dos pescadores mais antigos da região;

Saimon Borges, proprietário de uma peixaria no Rincão, endossa o coro contra a poluição do Araranguá, que teria origem das plantações de arroz, que despejam agrotóxicos na água doce. 

"A fiscalização tá na beira da praia, mas tinha que ir lá em cima, no Meleiro, nas plantações de arroz. É o fertilizante. Entrava boto no rio, tinha até camarão ali dentro há 20 anos. Desce tudo da plantação de arroz, cria um lodo ali. Qual peixe que entra ali? A poluição chega até no mar. Aqui não tem mais papa terra, porque o chão é lodo. Nossa costa, a 20 metros, está poluída por causa desse rio", diz Saimon.

O comerciante finaliza pedindo por maior fiscalização nas águas do Sul catarinense, para manter a pesca como uma importante fonte de renda. "Eles não cuidam do costão do rio e vem tudo junto. Por que a fiscalização não vai lá? É porque eles têm mais poder do que os pescadores", conclui. 

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