No final da tarde dessa quarta-feira (30) o reboco do teto de uma sala de aula da escola de ensino infantil Professora Bernadete Costa Nolla, em Araranguá, desabou. Uma das crianças que estava no local sofreu ferimentos na cabeça. Ela teve que ser encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento. 

A professora Maria das Graças Rezende, que trabalhava na sala de aula no momento, relata o pânico dos alunos. “O susto foi muito grande, pincipalmente nas crianças. Quando caiu o reboco e bateu no chão as crianças berraram muito. A sorte foi minhas colegas que correram para ajudar a tirá-las dali pois elas gritavam demais. Rapidamente chamamos os pais, mas o susto foi realmente muito grande”.

O pai da menina que ficou ferida, Édipo Pereira, agradece até agora por nada de pior ter acontecido com a filha de apenas dois anos. “Minha esposa chegou com o rosto muito esbranquiçado e desesperada. Eu perguntei para ela o que tinha acontecido e ela me respondeu que o pessoal da creche havia ligado pedindo para ir à escola que o teto da sala da nossa filha havia desabado. Avisaram que ela tinha sofrido um corte na cabeça, estava sangrando, mas disseram para não nos preocuparmos que não era muito grave, mas que era para nós irmos à escola. A gente pegou o carro e fomos rápido para a creche. Chegamos lá e vimos a professora com ela no colo, com uma toalha na cabeça, com um sangramento na toalha e na roupinha. Eles nos disseram que já tinham ligado para o Bombeiro e que já estavam chegando. Mas como já tinham avisado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), eu coloquei minha filha no carro e levei direto para lá. Fomos bem atendidos na UPA e já fomos direto para o setor do médico que avaliou e viu que tinha o corte na cabeça. Após isso ele encaminhou para o raio X e fez a sutura”.

Édipo relata que voltou à escola para ver o que realmente havia acontecido. “Minha filha ficou em observação após esse trauma. Minha mulher ficou com ela e eu voltei para ver o que tinha acontecido. Abriram a porta da sala para mim e me relataram que a escola já tinha algumas infiltrações por falta de reparos. Tenho certeza que foi essa infiltração que causou o desabamento do reboco do teto. Graças ao bom Deus, pela misericórdia de Deus, não machucou de forma mais grave alguma criança ou mesmo professora da creche. Essa falta de cuidado e manutenção poderia ter causado algo muito mais sério. Inclusive eu questionei, se percebessem que não havia condições de dar aula por colocar em risco os alunos e os professores, que não dessem aula. Que fechassem a escola para os reparos que precisavam ser feitos”. 

Por fim o pai, aliviado, diz que a filha se recupera bem. “Minha esposa mandou um vídeo agora e ela já está brincando em casa. Ela está bem, não teve vômito e não teve febre à noite. Só está com a cabeça um pouco inchada, está tomando medicação, mas está bem. Não corre nenhum risco mais grave, graças a Deus”.   

Segundo a secretária municipal de Educação de Araranguá, Mariluci Blick, a equipe agiu rápido ao saber do desabamento. “Assim que a coordenadora entrou em contato com a secretaria de Educação, prontamente nossa equipe já foi até o local para dar esse primeiro atendimento. Eu me desloquei para a UPA, onde já encontrei o pai da criança e a mãe. Conversamos com eles verificamos como estava a criança. A criança teve um ferimento, leve, mas teve e levou ponto. Permanecemos na UPA até umas 19hs junto com a criança e com a mãe. Conversamos também direto com o enfermeiro para ver a possibilidade de ter algum risco mais grave, mas graças a Deus foi muito bem atendida na UPA. Quero aqui agradecer os profissionais que prontamente fizeram esse atendimento”. 

A secretária afirma que a escola foi interditada para evitar um acidente mais grave e para passar por manutenção. “Diante de toda essa situação a equipe técnica foi hoje pela manhã no local para averiguar as questões reais da estrutura. Chegamos à conclusão que o melhor é interditar a unidade por precaução. A escola tem muitas infiltrações e ficou um tempo sem manutenção então o melhor foi fazer isso. Estamos já procurando um novo espaço para que essas crianças não fiquem sem aula”.