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Paciente relata os sintomas e processo de internação causados pelo coronavírus

Rita de Cássia Peruchi, conhecida como Toti, ficou quatro dias em total isolamento na UTI e vê quadro clínico melhorando
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 27/03/2020 - 14:00
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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Paciente que estava internada desde o dia 17 na UTI em Criciúma, decorrente do coronavírus, relata os momentos difíceis vividos no período de isolamento ocasionado pela doença. Os sintomas do Covid-19 apareceram em Rita de Cássia Peruchi, conhecida como Toti, na segunda-feira da semana passada, dia 16. Na terça-feira ela procurou o hospital e foi internada, permanecendo quatro dias isolada. "Não tem explicação o que a gente sente, só passando para dizer", falou.

Agora, Toti permanece internada no hospital, mas na ala de internação e não mais na UTI. Para passar pelo período de isolamento total, contou com o celular para manter-se em contato com os familiares, o que foi fundamental para enfrentar o período de crise pessoal.

"Eu penso que fui no inferno, abracei o diabo e no caminho encontrei Deus todo poderoso. Não tem explicação o que a gente sente, só passando para se dizer. Fiquei quatro dias isolada. No primeiro dia tu pensa 'vou hoje e amanhã melhora'. Mas foi indo... eu tive a facilidade de falar duas vezes por dia com a minha família por celular. Eles foram fundamentais para a minha recuperação, minha filha fazia vídeos até do meu cachorro", conta Toti.

Os sintomas começaram a aparecer no dia 16, mas Toti tentou levar a vida adiante. Porém, no dia seguinte, após passar deitada, foi inevitável a procura pelo hospital e o consequente diagnóstico do Covid-19.

"Na segunda-feira eu fiquei muito ruim. O corpo todo dolorido e febre. Na terça tive febre novamente e passei o dia inteiro deitada. Não sei onde peguei isso, eu estava levando a vida normal, saí a jantar, fui em festas, no mercado. Não deixei de ir no banco nem nada. Terça fiquei o dia inteiro deitada e a minha filha disse 'deu, acho que está com o corona'. Cheguei no hospital, fizeram exames e me transferiram para a Unimed", relembra.

O período de quatro dias de total isolamento, antes de ser transferida para um quarto mais amplo na UTI, foi o pior momento para a paciente. "Não é fácil, não tem explicação. Eu tive a benção de não ter falta de ar. Quando tu está enclausurada, não sabe se é dia ou noite. Tu não tem noção desse período. Era necessário, mas chorei tudo o que tinha para chorar. Perguntava por que comigo. Eu pedia pelo amor de Deus para sair da internação, dizia até que iria para um cartório assinar que aceitava ser liberada", afirma.

Ela recomenda a prevenção para todos. "Qualquer sintoma diferente, procure ajuda. Eu fui a primeira e tive a dedicação do corpo clínico. Digo para as pessoas que se cuidem, porque a gente não sabe de nada sobre isso".

Tags: coronavírus

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