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O negócio é pegar frio no Mirante (VÍDEO)

A confirmação de que, quando mais baixa a temperatura, melhores os resultados para quem vive da Serra do Rio do Rastro
Por Denis Luciano Bom Jardim da Serra, SC, 07/07/2019 - 10:44 Atualizado em 07/07/2019 - 13:04
Meninada do Inter de Lages parou a viagem para fotos em Bom Jardim da Serra / Fotos / Vídeo: Denis Luciano / 4oito
Meninada do Inter de Lages parou a viagem para fotos em Bom Jardim da Serra / Fotos / Vídeo: Denis Luciano / 4oito

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É difícil aquele visual não despertar curiosidade. Se os nativos fazem repetidas visitas na plataforma que descortina a Serra do Rio do Rastro, imagine a empolgação dos forasteiros. Nem o frio cortante da tarde deste sábado espantou uma verdadeira multidão que proporcionou, certamente, o melhor dia de negócios até agora em 2019 para o restaurante, a lojinha de artesanatos e as bancas que vendem embutidos e o concorrido chocolate quente, o café e o quentão.

O sábado foi mágico no Mirante da Serra do Rio do Rastro, em Bom Jardim da Serra. Desde a criançada do time sub-11 do Internacional de Lages que viajava rumo a São Ludgero para compromissos até visitantes com os mais diversos trajes para curtir o frio de 3°C da tarde gelada.

O estacionamento ficou pequeno. Havia carros até nos arredores do heliponto próximo que, perto da margem da SC-390, também acusava movimento. As várias viagens do helicóptero ali disponível permitiam outro visual diferenciado aos ávidos clientes do turismo do frio que o local proporciona.

A fila de carros deixando o Mirante rumo a Lauro Müller ontem à tarde / Foto: Denis Luciano / 4oito

Os quatis, frequentadores assíduos e festejados do Mirante, não apareceram na tarde passada. Certamente foram buscar abrigo ao frio em outros pontos mais ensolarados e menos tumultuados. Se os comerciantes comemoram o movimento - o restaurante ainda se mantinha agitado com gente buscando almoço perto das 15h -, há também as dificuldades inerentes do movimento. A fila de alguns minutos para comprar um copo de 300ml de chocolate quente por R$ 8, ou a mesma quantidade de quentão por R$ 6, ou ainda um bom café para aquecer o corpo, a fila avançava alegre no pequeno espaço de madeira de um dos que vivem a rotina do frio do Mirante para ganhar a vida.

No Mirante, olhares curiosos ao bonito cenário, sem nuvens e com a tarde limpa de sábado que fez valer a pena a viagem. Era gente de moto, de carro pequeno, de carro grande, famílias numerosas, casais ou os solitários. E era carro de Criciúma, de Orleans, de Florianópolis, de Joinville ou até de outros estados. Origens, sotaques e sorrisos, muitos sorrisos de um povo coberto por roupas e pela alegria de ver o frio. O assunto que dominava era "é verdade que nevou ontem? Nevou aqui? Muita neve?".

O habitual cenário de tirar o fôlego estava assim na tarde passada / Foto: Denis Luciano / 4oito

Um dos comerciantes, no ritmo cadenciado que a Serra do Rio do Rastro tem, contava, entre um atendimento e outro, os tempos sofridos que vinham vivendo alguns policiais militares rodoviários recém chegados de Florianópolis para reforçar o posto da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) que fica ali do lado. "Nunca vi um dia tão frio aqui. E nunca vi fecharem a SC-390 por causa de gelo, só uma vez em 2010 quando nevou 14 horas aqui". O depoimento do comerciante pode até ter algum exagero, mas justifica que o grande negócio daqueles altos é o frio. E eles torcem pelo frio. Vivem dele.

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