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"O meu governo está autorizado a continuar", diz César Cesa sobre intervenções no Morro dos Conventos

Lideranças e moradores da comunidade se reuniram para repercutir a decisão da Justiça Federal, que impossibilita novas construções na localidade
Geórgia Gava e Gregório Silveira Araranguá, SC, 10/06/2022 - 15:31 Atualizado em 10/06/2022 - 18:14
Lideranças estão reunidas no Samae de Araranguá | Foto: Gregório Silveira/ 4oito
Lideranças estão reunidas no Samae de Araranguá | Foto: Gregório Silveira/ 4oito

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As lideranças de Araranguá estão inconformadas com a decisão da Justiça Federal, através do Ministério Público, que impossibilita novas construções ou intervenções no Morro dos Conventos. Na tarde desta sexta-feira, dia 10, representantes do município e a própria comunidade se reuniram para debater o assunto, em busca de soluções favoráveis ao desenvolvimento da localidade. 

"Muito difícil essa situação. A pergunta que não quer calar: por que não acontece o mesmo no Rincão? No Arroio? Em Passo de Torres ou na Gaivota? O Morro é diferente? Não fizemos parte do contexto nacional? Não somos catarinenses? Só quero relembrar isso. Por que inviabilizar o Morro? Preservação, sim, claro, nós também somos favoráveis. Agora, essa decisão, um exagero", lamenta o prefeito de Araranguá, César Antônio Cesa.

De acordo com o procurador do município, Daniel Menezes, o jurídico já trabalha para reverter a decisão. "A administração também está atuando e tem prazo para recurso. E o nosso objetivo é esse, discutir as ações e ouvir a população, até para a gente saber a opinião das entidades, se deixamos como está ou atuamos contra", pontua. 

Jair Anastácio, presidente da Casa Legislativa, reforça a importância do Morro dos Conventos para o cenário turístico regional. "A Câmara de Vereadores não pode ficar alheia a esse debate, queremos estar juntos, para que, com o Executivo, possamos buscar o melhor caminho para resolvermos esse problema", frisa. 

O prefeito de Araranguá foi enfático durante o encontro desta sexta-feira. "Quero deixar claro que vamos fazer tudo que for possível e até o impossível. Eu não vou parar. O meu governo está autorizado a continuar. Nós precisamos ser respeitados", disse. 

Para o procurador da Fundação do Meio Ambiente de Araranguá (Fama), Carlos Soares, a decisão é um absurdo. "A legislação ambiental é rígida, tem pontos que merecem elogios, mas ela também não pode ser interpretada na forma fria da lei. Vamos, sim, respeitar o que Ministério Público quer quanto à proteção do meio ambiente. Mas, vamos demonstrar que naquela localidade, não é só o patrimônio ambiental que precisa ser preservado", ressalta. 

João Rosado, biológo, afirma que os técnicos da Fundação estão no meio do 'tiroteio' que envolve a situação. "Nós temos que pensar no meio ambiente, no empreendedor e tem toda a pressão do Ministério Público e de outras entidades. Eu acredito que a Fama é exatamente isso, o elo entre a preservação e o desenvolvimento. Nós não podemos correr para um lado ou para o outro", desabafa.

Um documento assinado por todas as entidades presentes deve ser encaminhado aos órgãos competentes, como forma de repúdio e manifesto à decisão. Os representantes se reuniram na sede do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). 
  

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