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O medo do coronavírus reduz movimento no centro de Criciúma

Reportagem esteve na região comercial da cidade e constatou baixo movimento; após relaxamento dos últimos dias, aumento de internações reforçou uso de máscara
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 23/06/2020 - 11:12 Atualizado em 23/06/2020 - 11:13
Fotos: Heitor Araujo
Fotos: Heitor Araujo

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As ruas de Criciúma estão com medo do coronavírus. O aumento dos casos e internações hospitalares refletem no movimento do município. Uma rápida volta no meio da manhã desta terça-feira, 23, pela Praça Nereu Ramos e arredores - o centro comercial de Criciúma - é suficiente para constatar o menor número de pessoas nas ruas. A reportagem do Portal 4oito esteve nas calçadas e observou o atendimento no comércio. O temor pelo vírus circula pela cidade.

Algumas situações "curiosas" são encontradas. Apesar do grande número de mascarados pelas ruas, algumas pessoas ainda se descuidam. Flagramos atendentes com a máscara abaixo do nariz em contato com o cliente, além de pessoas paradas nas calçadas com a máscara virada para o lado ou na mão. Os desmascarados convictos, mesmo, são poucos. A grande maioria nas ruas usa o equipamento corretamente. 

Na esquina do Banco do Brasil, um vendedor ambulante estava sentado tranquilamente com a máscara na altura no queixo. Questionado pela reportagem se a prática era comum, o homem de pouco mais de 20 anos colocou-a para cima e disse que foi um lapso momentâneo. "Uso sempre, só coloquei para baixo porque estava tossindo e tive que soltar um 'catarro' aqui", tentou argumentar. 

Uma mulher, também de 20 anos, permanecia com a máscara para o lado enquanto aguardava em um banco da Praça Nereu Ramos o horário de trabalho. Perguntada pela reportagem, ela sustentou que usava sempre a máscara, mas que como estava em um canto "isolado", tirou-a do nariz e da boca. O mesmo foi dito por um taxista de 56 anos, que carregava o equipamento na mão. 

Em uma loja que vende celulares, as três atendendentes estavam com as máscaras baixas. Quando entrou um cliente, elas levantaram rapidamente o equipamento e assim permaneceram até o fim do atendimento. Entre vendedores, há o sentimento de que o movimento nas primeiras horas da manhã na terça-feira estava muito abaixo do registrado nos últimos dias. 

O aumento dos casos de Covid-19 e o consequente crescimento do número de internações - de 122% em UTI na última semana - parece ter afastado o público das ruas. Os poucos que circulavam pelas calçadas da região central e abordados pela reportagem apresentaram motivos essenciais para a saída. 

Uma senhora de 65 anos, chamada Sirlene da Silveira, aguardava a abertura do banco. Ela explica que teve que sair mais cedo de casa devido aos horários dos ônibus e evita sair de casa e ver as notícias de coronavírus. "Só saio para fazer alguma volta, sempre com máscara e álcool gel. Eu sei que está aumentando o número de casos, mas nem gosto de ver essas notícias", diz.

Leotério Damian, também de 65 anos (portanto enquadrado no grupo de risco), citou o vídeo feito pelo prefeito Clésio Salvaro na noite de segunda-feira, pedindo para que a população de risco permaneça em casa. No entanto, teve que sair de Siderópolis para uma consulta médica da mulher e a esperava sentado na Praça Nereu Ramos.

"Ontem escutei o Clésio Salvaro falar (do aumento de casos). A crise está aumentando, eu só saí para trazer a mulher ao médico. Geralmente eu não saio de casa, só em uma emergência, sempre de máscara, dentro do carro e tudo", diz. 

Atualmente há 577 casos de coronavírus registrado em Criciúma, sendo 466 curados. Com 20 pacientes em UTI e outros 41 internados em clínica, o último boletim epidemiológico divulgado pela prefeitura, na noite de segunda-feira, apresentou o maior número de internações na cidade. Na rede pública, dos 28 leitos de UTI disponíveis para a Covid-19, 17 estavam ocupados, uma taxa de ocupação de 60%. 

Tags: coronavírus

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