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O futuro educacional fomentado pela robótica

Nova ferramenta de aprendizagem potencializa a criatividade e o raciocínio
Por Redação Criciúma, SC, 21/04/2019 - 16:13 Atualizado em 21/04/2019 - 17:14
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A robótica tem um grande potencial interdisciplinar, visto que a solução de um problema ou a construção de um novo mecanismo, geralmente, ultrapassa o universo das salas de aula. Neste contexto, existe a possibilidade do desenvolvimento de diferentes habilidades, o trabalho coletivo, o raciocínio lógico e a criatividade. É nesta perspectiva prática que o Curso de Engenharia Mecatrônica da Satc potencializa as aptidões dos alunos por meio da equipe de robótica, a SouthBotz.

É uma área que desperta muita curiosidade e engloba o conteúdo de diferentes disciplinas, principalmente, quando se fala em construir robôs para competições. “Na equipe de robótica são trabalhadas três grandes áreas, como a Mecânica que se ramifica bastante com Projetos Mecânicos, responsável pelo desenho técnico envolvido no processo, resistência de Materiais que engloba o peso e a escolha das melhores materiais. Responsável também pelos processos de usinagem para a fabricação das peças”, explica o professor, Cleber Izidoro.

Outro campo abordado é a Eletrônica, que é utilizada em várias disciplinas do curso. “Aqui entra Sistemas Eletrônicos, Sistemas de Potência que auxiliam os acadêmicos da escolha dos componentes eletrônicos, sensores e placas para cada tipo de robô. A seleção desses elementos é importante na hora do combate para que eles não venham a ser danificados”, relata.

Além disso, outro segmento utilizado é a Programação, que envolve principalmente a disciplina de Sistemas Embarcados e IoT (Internet das Coisas). “Essas três esferas de ensino são a base para a SouthBotz, porém, outras disciplinas da graduação são utilizadas indiretamente, como Cálculo e Física”, expõe o professor.

A equipe SouthBotz foi elaborada para proporcionar aos acadêmicos uma atividade extracurricular visando aproxima-los do mundo maker, ou do “faça você mesmo”, e potencializar as habilidades técnicas e comportamentais. “Trata-se de um projeto relevante devido à elevada procura por profissionais com domínio das técnicas de robótica, sendo perceptível através das postagens no Linkedln ou pelo aumento do número de competições”, acrescenta o coordenador do curso de Engenharia Mecatrônica, João Mota Neto.

O acadêmico, Paulo Henrique Marcello, conta que a robótica está presente nos seus estudos desde o curso técnico de eletrônica. “Desde lá já me auxiliava no curso, e agora com a infraestrutura que a Satc disponibilizou, oportunizando a criação da equipe, o tema de robótica está mais presente no meu dia a dia”, declara,

Izidoro acredita que a robótica é uma área do futuro, não tem mais como escapar disso. “Os robôs estão sendo aplicados desde um Talkbot, onde conversamos com eles e nem sabemos ou até mais avançado onde nas residências existem robôs que faz o monitoramento. Então, daqui para frente cada vez mais a robótica vai estar inserida e a temos que estar antenados e por isso que é uma área tão fascinante”, conta.

Para uma aprendizagem efetiva é necessário estar antenado as novas tecnologias e inovações, por isso aplicar atividades vinculadas à essas áreas fomentam os saberes e a ciência. “Não é simplesmente montar robôs autônomos e programar, é trabalhar em grupo, formular novas soluções, estudar novos conteúdos e tomar responsabilidades. Tudo isso me ajudou muito, tanto em conhecimentos teóricos e práticos, quanto em gestão”, informa Marcello.

Essa nova era tecnológica requer modificações nas qualificações dos novos ingressantes no mercado de trabalho, por isso a educação tem papel relevante no aperfeiçoamento de tais habilidades. Confira a lista das 10 habilidades do profissional do futuro segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).

Ferramenta Prática

Os estudos da robótica aliado à aula prática de laboratório envolve conceitos, aplicações e resultados reais. O pensamento computacional é uma estratégia que visa a criação de soluções e resolver problemas de forma eficiente. “Os alunos têm que construir determinado robô para competições e tentar imaginar o que o adversário está pensando e planejando, para montarmos nossos métodos. Esse desafio de trabalhar na construção de um elemento onde vários acadêmicos de outras instituições estão elaborando, empolga a equipe”, declara Izidoro.

A SouthBotz possui um produto com excelência desenvolvido fora da sala de aula, demonstrando a importância desse tipo de projeto na faculdade. “Os alunos têm um espaço de discussão, debate e conversas em grupo para melhoramento de algo em que foi pensado e tratado por todos, por isso é um projeto bem audacioso em questões em que o aluno desenvolve e chega a um produto final”, pontua Cleber.

Além de interagir e conhecer novas pessoas, o universo da robótica proporciona o compartilhando de conhecimento com o Brasil inteiro. “ É importante falar sobre o uso da robótica como metodologia de aprendizado, inovação e inclusão social. Com certeza eu tive muito a agregar na minha vida e nos meus estudos no curso superior com a participação na equipe”, comenta o acadêmico.

SouthBotz: Projetos 2019

Para o 3º ano da equipe de robótica da Satc os desafios aumentaram, visto que os acadêmicos estão engajados no desenvolvimento de três projetos para a concepção e melhoramento dos robôs.

Serão desenvolvidos dois protótipos do Seguidor de Linha Pró, onde o objetivo nas competições é seguir uma pista em linha branca e na velocidade mais rápida, para terminar o percurso em menor tempo. “Nossa proposta desse ano vem com uma tecnologia diferente da que usávamos, vamos trabalhar com um sistema que nos ajudará a ter um melhor controle e leitura da pista. Neste robô, a disciplina de Sistemas de Controle é utiliza a partir de um algoritmo industrial, aliado a Programação”, explica Izidoro.   

Outra categoria de robôs é o Sumô 500g Auto que já é bem conhecida da SouthBotz, visto que essa modalidade de robô está sendo produzida desde a criação da equipe. “Com as mudanças deste ano, os protótipos serão os que vão ficar montados sempre enquanto tiverem competições, visto que estamos chegando em um denominador de robô que será um top de combate nosso. Conseguimos adquirir muita experiência e conhecimento nesses três anos”, enfatiza Cleber.

Izidoro explica que uma das principais alterações do Sumô 500g foram os materiais para sua construção, visto que é um protótipo que não sofre muitos desgastes. “Foram feitas modificações mecânicas e de equipamentos, para que o robô fique mais agressivo perante os outros competidores. Para isso, foram envolvidos métodos de ensino voltados a projetos mecânicos, eletrônica, acionamentos, programação, usinagem e desenho para elaboração dos dois modelos”, descreve Cleber.

A novidade para 2019 é o Beetle Weight 3lb (libras), robô de combate controlado por controle. O diferencial deste protótipo é o tipo de material utilizado para sua fabricação, isso porque precisa ser leve e resistente. “A escolha dos equipamentos e peças está passando por uma série de estudos, pois o objetivo desta categoria é danificar ou quebrar o adversário. Nessa categoria, utilizamos muito os conceitos de projetos mecânicos, resistência de materiais e usinagem”, relata o professor.

(Colaboração: Eloise de Lima / Portal Satc)

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