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Novo decreto do Estado deve ser definido no sábado

Secretário Douglas Borba sinalizou como provável a abertura do comércio, mas descarta volta do transporte
Por Heitor Araujo 09/04/2020 - 08:59 Atualizado em 09/04/2020 - 09:00
Douglas Borba no estúdio da Rádio Som Maior no começo de janeiro (Foto: Arquivo / 4oito)
Douglas Borba no estúdio da Rádio Som Maior no começo de janeiro (Foto: Arquivo / 4oito)

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Ainda com cautela, o governo do Estado sinaliza para a reabertura das atividades comerciais a partir de segunda-feira, 13. A decisão deve sair na manhã de sábado, após análise dos desdobramentos da pandemia nesta quinta e sexta-feira. Segundo o secretário da Casa Civil, Douglas Borba, é grande a possibilidade de ampliar a abertura, que iniciou na última segunda com a volta dos bancos, na semana que vem.

"Há uma sinalização de flexibilização maior a partir da segunda-feira, em virtude de um boletim divulgado pelo ministério no último dia 6. Aos estados que adotaram o isolamento no início da pandemia, há uma possibilidade de flexibilização", apontou Borba.

A abertura deve contemplar as áreas comerciais que ainda estão com suspensão das atividades, mas não se estenderá ao transporte coletivo, uma solicitação do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. "Por que do comércio e não do transporte? Porque o transporte gera aglomeração. Na Itália e na Espanha ficou constatado que o grande vetor de contágio se deu pelo transporte coletivo. Isso a gente não consegue atender, mas os outros devem anunciar no sábado pela manhã", prometeu o secretário.

Salvaro prometeu entrar com uma ação judicial para o retorno das creches e do transporte coletivo a partir de segunda-feira, junto com o comércio. Douglas Borba ressalta que os municípios não podem abrandar o decreto estadual. 

"A gente está preocupado com a região de Florianópolis, Criciúma e Blumenau, que são os focos de Covid-19. As eventuais flexbilizações de comércio e outras atividades do início da semana podem ter medidas mais restritivas por parte dos prefeitos, mas por conta da constituição, eles não podem adotar medidas mais flexíveis. Sabemos da necessidade da população de acessar o transporte, de retornar ao trabalho, mas lembro que o Estado precisa se preocupar principalmente com a vida das pessoas", disse Borba.

O secretário voltou a citar os casos de Espanha e Itália, dois países que não souberam lidar com o início da pandemia e são os mais atingidos da Europa hoje, com 15,2 mil e 17,6 mil mortes, respectivamente. "Não queremos uma medida impensada, que já deu errado na Europa, repeti-la e ter uma grande quantidade de pessoas mortas. É o grande risco que a gente corre quando repete erros cometidos em outros lugares", destacou Borba sobre a permanência da suspensão dos ônibus.

O secretário da Casa Civil prometeu acréscimo de 2,5 mil leitos de UTI em Santa Catarina. Atualmente, há 200 leitos disponíveis para pacientes de Covid-19. A intenção é atingir a marca de 3,6 leitos de UTI para 10 mil habitantes - em comparação, Borba cita a Itália, que tem 1,25 leitos de UTI para 10 mil habitantes. 

"Cada dia a gente tem uma novidade. Estamos em um momento de pandemia, é uma verdadeira guerra contra a Covid-19. Temos um grupo de inteligência, um comitê de crise que analisa em três períodos diários os dados coletados e a partir daí tomamos decisões, tentando buscar equilíbrio entre ações de saúde e economia. Santa Catarina foi um dos primeiros estados a tomarem as medidas de restrições e foi um acerto. São Paulo que demorou uma semana a mais para isso, a gente vê hoje que é o grande centro da pandemia no país", concluiu Borba. 

Tags: coronavírus

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