Na última semana moradores do bairro Pio Corrêa reuniram-se no auditório do Colégio Marista para debater propostas da administração municipal de mudanças de trânsito no local. Foi o segundo encontro com o mesmo objetivo. Agora eles aguardam uma Audiência Pública, que acontece no dia 4 de julho.

“O bairro Pio Corrêa tem hoje quase três mil moradores, mais de mil domicílios particulares permanentes e mais de 200 empresas. Ou seja, é um bairro que contribui muito para a economia local e tem uma história muito rica em relação a questão de moradia e residência aqui em Criciúma”, disse Carlos Roberto Roncaglio, morador do Pio Correa.

Segundo Roncaglio, as informações do Poder Público são vagas em relação ao Projeto. “Existe uma agência financiadora deste projeto, que é a Fonplata – Fondo Financiero para el Desarrollo de la Cuenca del Plata (Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata) e o projeto gira em torno de 34 milhões de dólares. Quero deixar claro que nossa fala é apolítica. Não estamos contra o poder público. Acho que o Pio Correa tem uma história a ser respeitada, o que não está acontecendo. Em função de nós não sermos comunicados previamente, não ser esclarecido e não ter transparência com os moradores”, esclareceu.

Roncaglio diz que há irregularidades no projeto como a falta de estudo de impacto de vizinhança e problemas de segurança pública. Ele afirma que o projeto é “obscuro”. “Descobrimos que já houve desapropriação de lotes por onde este projeto vai passar. Eu acho que o merecimento de uma transparência e um estudo mais profundo de viabilidade, porque acreditamos que tem outras maneiras de fazer esse projeto”, afirmou.

A Associação de Pais e Professores (APP) do Colégio Marista abraça a preocupação dos moradores do bairro. “O problema de trânsito no entorno do Colégio Marista não é de hoje. Para se ter uma ideia, 800 carros circulam entre às 6h45 e às 7h30 da manhã. Os pais cirluam em torno do Marista para deixar e pegar seus filhos. Entre 12h e 13h30 são 100 carros e isso se repete entre às 17h e 18h. Estamos tentando resolver este problema há sete anos. Hoje estamos contra o projeto do jeito que está sendo colocado”, esclareceu Fabio Martins, presidente APP Colégio Marista.