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Morre Silmar Vieira

Profissional consagrado, Silmar jamais deixou de acreditar no poder transformador da palavra e do rádio
Por Renan Medeiros 19/03/2024 - 10:51 Atualizado em 19/03/2024 - 11:23
Foto: Arquivo/Som Maior
Foto: Arquivo/Som Maior

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O jornalista Silmar Vieira faleceu na manhã desta terça-feira (19), em Criciúma, aos 50 anos. Nome consagrado do rádio catarinense, o profissional fazia tratamento de câncer no pâncreas. Ele deixa a esposa, dois filhos e um neto.

O velório deve iniciar às 15h, no Crematório Millenium, em Içara. As despedidas se encerram à meia-noite desta terça.

O forquilhinhense fez história na imprensa de Criciúma, especialmente na rádio Eldorado. Ele começou a carreira aos 18 anos no setor comercial da rádio 105 FM, e, ainda jovem, destacou-se graças à singular habilidade para se comunicar.

Com atuação focada no mundo da agricultura e pecuária, Silmar rapidamente se tornou referência estadual nesse segmento com a forma descontraída e alegre com que abordava todos os assuntos que lhe pautavam diante do microfone.

Legado de quem seguiu os sonhos

Em outubro de 2023, Silmar Vieira concedeu entrevista ao jornalista Adelor Lessa no programa Nomes & Marcas. 

A entrevista, permeada por memórias, reflexões sobre a finitude e uma dose generosa de humanidade, não apenas narra a trajetória de Silmar Vieira, mas também celebra a resiliência, a paixão pela comunicação e o compromisso inabalável com a comunidade. No bate-papo, Silmar revela em si a essência de um profissional que jamais deixou de acreditar no poder transformador da palavra e do rádio.

Veja, a seguir, na íntegra:

“Não vamos demonizar o dinheiro aqui. Mas não se mede sucesso apenas por dinheiro. O sucesso se mede ao olhar para trás e dizer o seguinte: ‘eu fiz o que eu queria fazer da minha vida. Eu fiz o que eu amava fazer. E, mesmo assim, eu tive grana o suficiente para viver com dignidade. Eu deixo um um legado também financeiro, evidentemente, para a minha família, mas eu deixo um legado de um exemplo de alguém que seguiu seus sonhos”.

“Eu não vejo a doença como um castigo. Ela é uma consequência de viver. A sociedade passou a encarar a doença e a morte como um castigo. Como é que eu posso dizer que nascer é bonito e morrer é feio, se os dois são as pontas da mesma corda que sustenta a nossa existência?”.

“A minha doença me curou. Porque o câncer ou outras doenças que venham a te colocar diante da finitude da tua existência aqui te dão uma oportunidade de consciência total de ti mesmo e das coisas que tu fez ao longo da tua vida, do que tu construiu. É isso que eu estou dizendo, de olhar para trás e dizer assim: ‘poxa, valeu a pena’. Eu errei, claro que eu errei, eu não vou ser o único ser humano que passou por essa terra e não errou. Mas, diante disso tudo, valeu a pena”.

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