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Moacir Pereira e a sua trajetória de quase 60 anos de jornalismo político

Importante voz do cenário político, o jornalista foi o convidado do programa Nomes & Marcas deste sábado, 19
Por Vitor Netto Criciúma - SC, 19/12/2020 - 12:20 Atualizado em 19/12/2020 - 12:31
Desde o início do ano, Moacir Pereira atua no Grupo ND - Foto: Arquivo - Anderson Coelho/ND
Desde o início do ano, Moacir Pereira atua no Grupo ND - Foto: Arquivo - Anderson Coelho/ND

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Uma das principais vozes da política catarinense, sua opinião é aceita e compartilhada por diversas pessoas e entidades em todo o estado. Por onde passa, dispensa apresentações, isso porque conta com quase 60 anos dedicados ao jornalismo político catarinense. Moacir Pereira foi o convidado do programa Nomes & Marcas deste sábado, 19, na Rádio Som Maior. 

O Nomes & Marcas vai inédito todos os sábados às 11h30 e reprisa aos domingos no mesmo horário na Rádio Som Maior. 

Manézinho da Ilha

Nascido e criado em Florianópolis, Moacir conhece cada lugar da capital, principalmente os lugares onde importantes fatos históricos aconteceram. Sua veia jornalística nasceu ainda quando estudava no antigo Ginásio, atual Ensino Médio. "No ginásio do colégio Catarinense fazíamos atividades de oratória e de jornal. A partir daí eu comecei a gostar do jornalismo. Pouco tempo depois eu comecei a participar da vida política estudantil, isso na União Catarinense dos Estudantes Secundários. E sempre com o jornalismo, divulgando as atividades dessas entidades, mas nada profissional e sim amador", explicou. 

Moacir cursou a faculdade de Direito em Florianópolis, naquele tempo, em meados de 1960, não havia faculdade de Jornalismo em Santa Catarina. Algo que ajudou e lançou Moacir para alçar novos voos foi a datilografia. "Eu sempre fui muito ágil na datilografia e isso me abriu muitas portas, eu fiz cursos profissionais sobre isso. Teve uma oportunidade em que o Salomão Ribas fez um movimento na Rádio Anita Garibaldi, ainda no período do regime militar em 1964, e tínhamos uma pequena equipe de esportes e eu comecei fazendo rádio escuta, que é um trabalho penoso que precisava da datilografia", contou. 

Nessa época com 18 anos, Moacir precisou encarar os microfones e se lançou no radiojornalismo. "Um certo dia, o locutor, Salomão Ribas, precisou voltar para Caçador com 18 anos para prestar o serviço militar e aí abriu espaço no programa que ele apresentava às 18 horas, um programa esportivo. Como eu era metidinho e fala bem, me convidaram para substituí-lo e daí para frente graças a Deus foram só portas abertas", acrescentou. 

O jornalismo de Moacir Pereira

A partir de então, em 1970, Moacir foi fazer telejornalismo, atuando na TV Cultura, passou pela RBS TV e atualmente está na NDTV. Moacir também teve passagens pelos jornais Estado, Diário Catarinense e Notícias do Dia. "Eu sempre pensei em escrever um livro contando como era o jornalismo naquela época, porque viajar para a Capital, para Brasília e era uma dificuldade muito grande para mandar uma nota de 15 ou 20 linhas. Hoje em qualquer lugar que você estiver, se tiver internet você consegue fazer isso. 

"Naquela época a notícia era privilégio do jornalista. O jornalista conversava com o governador, com o prefeito e então era papel dele ser o intermediário com a população. Hoje não, é diferente. Hoje você dá informações que recebe dos ouvintes pelo WhatsApp. Isso também mudou a história do jornalismo. O que você vê hoje, amanhã precisa se atualizar. Assim que é o digital", enfatizou. 

Apesar da idade e da longa carreira, Moacir não deixa de ir aos eventos políticos e fazer entrevistas. "Tem gente que me pergunta: 'Moacir, você com mais de 50 anos de carreira ainda vai naquele comício, naquele evento, faz reportagens, entrevistas?' Eu digo que vou e faço questão de ver, para escrever o que eu vi com meus próprios olhos e não escrever com o que me falaram que aconteceu", respaldou. 

Vida política 

Como um grande conhecedor da política catarinense, diversos partidos já convidaram Moacir para se lançar na vida pública como candidato, mas nunca aceitou. "Algumas propostas até irrecusáveis, mas sempre que surgiu o convite de diversos partidos, eu agradeço fico sensibilizado mas não aceito. Nasci repórter, virei repórter, morrerei repórter. Se mudar de lá, vou ter que abandonar o trabalho. 

Escritor nato 

Ao todo, Moacir conta com 54 livros escritos, contando a história de diversos políticos e fatos históricos do estado. "Eu fico muito feliz quando posso publicar um livro que conta a história de uma personalidade ou de um fato histórico do nosso estado. Isso mostra a importância de Santa Catarina. O nosso estado ainda é um estado com uma memória política muito frágil e isso é uma pequena contribuição. Eu sempre digo que estou retribuindo ao povo catarinense tudo o que eu recebo deles", contou. 

O livro mais recente lançado por Moacir foi a obra que conta a história do desembargador Norberto Ungaretti. Ungaretti foi secretário do então governador Jorge Lacerda, depois se lançou na vida pública como vereador e contou com larga trajetória política. Moacir acompanhou de perto e cobriu diversos passos de Ungaretti. "Ele sempre dizia que viver é fazer o bem. Viver é praticar o bem. Ele era um homem que não se preocupava com o material, vivia para ajudar os semelhantes, orientar, aconselhar e mostrar as luzes da vida. Conheci a trajetória dele em diversos setores", explicou. 

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