Desde que assumiu a gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Criciúma, o Instituto Maria Schmitt vem operando com déficit mensal de aproximadamente R$ 78 mil e o motivo é que, por enquanto, recebe somente o repasse realizado pela Prefeitura. A organização social venceu a licitação com a proposta de R$ 329,5 mil mensais e vem tendo um gasto de cerca de R$ 407 mil. “Já sabíamos que isso iria acontecer nos primeiros messes e já estávamos preparados”, afirma o diretor do Maria Schmitt, Ricardo Ghellere.

A expectativa é que essa defasagem seja corrigida já nos próximos meses. “Já está em análise no Ministério da Saúde o pedido de habilitação, todos os documentos já foram encaminhados e esperamos que uma resposta seja possível ainda neste mês”, explica Ghellere. Com a habilitação no Ministério da Saúde, o aporte mensal do Governo Federal é de R$ 175 mil, o que já equilibra a conta e ainda proporciona mais investimentos no local.

Depois, ainda vem uma segunda etapa, que é o pedido de qualificação. “Após três ou quatro meses da habilitação, podemos fazer o pedido de qualificação, que, se aprovado, irá proporcionar um aporte de mais R$ 125 mil, totalizando R$ 300 mil”, acrescenta o diretor do Instituto Maria Schmitt.

Nove mil atendimentos mensais

A UPA da Próspera foi inaugurada em 29 de junho, uma sexta-feira, e iniciou os trabalhos logo naquele fim de semana. A média mensal de pessoas atendidas tem ficado acima do esperado. “Estamos 50% da nossa meta. Atendemos cerca de 9 mil pacientes ao mês e o esperado era que fosse 6 mil. Isso mostra que, mesmo com o déficit, o atendimento não está sendo prejudicado”, ratifica Ghellere.

Com a abertura da UPA, os atendimentos de urgência e emergência que eram realizados no Hospital São José passaram para a nova unidade, que funciona como intermediária, ou seja, ela está entre a saúde básica realizada nos postos de bairros e as unidades hospitalares.

Avaliação positiva

Os números sobre a UPA foram revelados pelo vereador pastor Jair Alexandre (PSC), na sessão da noite de ontem, na Câmara de Criciúma. Ele faz parte da Comissão de Fiscalização da UPA, que se reúne mensalmente para fiscalizar todo o trabalho feito no local. “A UPA está funcionando muito bem. A Comissão exigiu que se fizesse formulário para que a população pudesse explanar o nível de satisfação do atendimento. De vários relatórios preenchidos, apenas um deu negativo em relação ao médico que o atendeu”, informou o vereador.

A preocupação do vereador é sobre o déficit, que, se não foi solucionado em breve com o aporte da União, poderá prejudicar o trabalho no local.