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Mesa do Debate Aberto relembra trajetória de vitórias e parceria de Espinosa

Ex-jogador, técnico e dirigente morreu nesta quinta-feira; João Nassif, Mário Lima e Antônio Sérgio Fernandes falam sobre relação com Espinosa
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 27/02/2020 - 14:11 Atualizado em 27/02/2020 - 14:31
Foto: Arquivo / Divulgação
Foto: Arquivo / Divulgação

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A morte de Valdir Espinosa, lendário técnico campeão do Mundo pelo Grêmio, foi tema do Debate Aberto, da Rádio Som Maior, nesta quinta-feira, 27. Os jornalistas João Nassif, Mário Lima e o advogado e ex-dirigente do Tigre, Antônio Sérgio Fernandes, relembraram um pouco a trajetória que dividiram com o ex-jogador, treinador e dirigente de futebol.

Antes da passagem marcante pelo Grêmio, onde conquistou a Copa Libertadores e o Campeonato Mundial em 1983, Espinosa treinou o Tigre, em uma campanha de destaque no Campeonato Catarinense em 1980. Levou o clube ao vice-campeonato, conseguindo uma vitória marcante - a última pelo clube - contra o Joinville, que viria a ser o campeão. Antônio Sérgio Fernandes também estava no Criciúma naquele período. 

"A passagem dele aqui pelo Criciúma foi muito importante. Eu comecei no futebol no ano em que o Espinoza veio treinar o Criciúma. Foi um dos primeiros clubes que ele treinou. Tive uma parceria muito importante, aprendi muito com ele, era um baita cara, tinha uma experiência fantástica. Sempre que a gente se encontrava, a gente relembrava a passagem dele por aqui", conta o advogado.

À época cronista esportivo em Porto Alegre, o comentarista do Timaço da Rádio Som Maior, João Nassif, participava das coberturas daquele time do Grêmio que pode ser considerado o mais vitorioso da história do clube. Em 1983, Espinosa comandou Renato Portaluppi na vitória contra o Hamburgo, em Tóquio, tornando o Tricolor o terceiro brasileiro a conquistar o mundo, depois de Santos e Flamengo.

"Tenho uma amizade longa com o Espinosa, nos conhecemos em Porto Alegre. Viajamos várias vezes acompanhando o Grêmio, ele como técnico. Criamos uma boa identidade que me permitiu, quando voltei à Som Maior em 2017 fazer uma entrevista de uma hora com ele. Teve uma vida como técnico e como jogador, por pouco tempo, porque se lesionou. É triste o falecimento do meu amigo Espinosa", lamentou Nassif

Mário Lima também relembrou a parceria que tinha com Espinosa, desde os tempos em que ainda jogava futebol. Ele contou a vez em que, ainda jogador, Espinosa foi levado para o futebol alagoano por um ex-presidente do Brasil.

"O Espinosa foi um parceiraço de longas jornadas, desde a época em que eu jogava futebol. Foi um grande profissional, campioníssimo. Como jogador, parou cedo. Ele foi levado para o CSA pelo então diretor Fernando Collor de Mello, quase no fim da carreira já", lembrou Mário.

 

Campanha de Espinosa no Tigre

Espinosa estreou no Criciúma - que na época ainda vestia azul, estava em sua terceira temporada com o novo nome, depois do fim do Comerciário - em 21 de setembro, no estádio Vidal Ramos Júnior, com um empate em 0 a 0 com o Internacional de Lages. Na segunda partida no clube, em 24 de setembro de 80, Espinosa ganhou a primeira: 3 a 1 no estádio Heriberto Hülse sobre o Rio do Sul.

Na boa campanha pelo Criciúma, destaque para os 3 a 1 sobre o Joinville - que seria o campeão estadual - no dia 16 de novembro, no Majestoso. Foi a última partida que ganhou pelo Criciúma, já que depois colecionou cinco empates e uma derrota até a sua despedida, em 30 de novembro, no 0 a 0 contra a Chapecoense no Heriberto Hülse. O Estadual prosseguiu, o Criciúma foi vice-campeão e Espinosa contribuiu com 12 vitórias, 11 empates e 3 derrotas, aproveitamento de 60%.

Espinosa e Renato Portaluppi

A relação com Renato Portaluppi foi como de pai para filho. "De vez em quando a gente tinha algumas rusgas e três minutos depois estavamos abraçados tomando uma cerveja. O pai e filho nem sempre estão sorrindo, mas ai depois sentam, conversam e se abraçam", afirmou Espinosa em entrevista à Rádio Som Maior, em 2017.

Nascido em Porto Alegre, Valdir Espinosa atuou pelo Grêmio, CSA, Esportivo e Vitória como jogador profissional. A carreira como técnico durou mais de 40 anos, além do Criciúma, treinou o Grêmio, Flamengo, Corinthins, Palmeiras e tantos outros. Ele morreu nesta quinta-feira, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, em decorrência de complicações de uma cirurgia realizada há dez dias. 

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