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Mário Lima: Do começo da carreira a criação dos bordões

Narrador foi o convidado deste sábado do Nomes & Marcas e contou sua história
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 14/07/2019 - 15:45

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Ele já passou por mais de 30 rádios e trabalhou em oito estados do país. O narrador Mário Lima fez a transmissão da final da Copa do Brasil de 1991 e da Libertadores de 1992. Em entrevista para o Nomes & Marcas, falou sobre os principais detalhes da carreira, o surgimento dos bordões e a sua visão sobre o futebol atual.

“A primeira vez que eu vim a Criciúma foi a convite do João Nassif, eu estava na Bandeirantes em Porto Alegre, era o narrador titular lá. O Nassif veio e me convidou, eu acho que fiquei 15 dias, eu narrei um clássico entre Criciúma e Próspera. Eu não consegui me desmembrar da Bandeirantes porque teve um apelo muito grande dos colegas”, contou o narrador.

Nasceu em Arroio do Tigre, na região central do Rio Grande do Sul e ainda pequeno foi morar em Cruz Alta com os pais. Chegou a trabalhar como freelance em um posto de combustível, mas foi no futebol que a sua vida correu. Era jovem e jogava bola, até que aos 16 anos faltou um jogador e acabou sendo chamado para completar o elenco principal, isso no Cruzeiro de Cruz Alta.

Depois foi jogar no Iguaçu de União da Vitória, no Paraná. “Teve um jogo que eu me machuquei, eu tinha feito o ginásio, eu lia muito e dava boas entrevistas ao contrário dos demais jogadores da época. Me convidaram para participar de uma transmissão dos Jogos Estudantis da Primavera e eu fui, no primeiro era um jogo de basquete e o narrador faltou”, citou.

Desde então Mário Lima passou a fazer narrações das mais diversas modalidades, incluindo voleibol e basquete profissional. O narrador rodou por diversas rádios e o seu primeiro emprego com carteira assinada foi em Lages.

Bordões de Mário Lima

Para o narrador, quem deseja fazer sucesso no rádio precisa ter bordões marcantes. O bordão “eu vi tudo” foi criado na Rádio Verdes Mares, durante uma partida entre Flamengo e Palmeiras, com muita chuva e pouca visibilidade, depois foi cobrado pelo chefe para continuar usando. Já o “nasceu” não é bem uma criação própria.

“Foi criação de um cara chamado Mario Freitas, da Rádio Excelsior, da Bahia, que criou o termo e usou, que já era uma imitação do Zé Casagrande que é o ‘entrou’. O Mario Freitas criou essa história, usou algumas vezes e não gostou, ele passou para o Silvio Mendes, que usava na Rádio Sociedade”, contou.

Ainda sobre o bordão que utiliza logo que a bola balança as redes, Mário deu detalhes. “Quando eu fui embora da Bahia o Silvio Mendes queria ficar com algumas coisas minhas. E eu disse que queria algo dele, então peguei o nasceu. Eu gosto de dar o crédito. Copiar não é feio, feio é não admitir quem criou”.
É bom morar em Criciúma?

“Estive na Guaíba trabalhando durante seis anos, mas não me desvinculei daqui. Não consegui ficar lá mais, não consegui mudar para lá. Eu ia, fazia um jogo e voltava. Aqui é uma cidade pequena que tem tudo que uma grande cidade tem, tem uma beleza que encanta, é serra, é mar, Laguna aqui em volta e Torres ali do outro lado. Os costumes são iguais, a cultura é a mesma”.

Futebol raiz x futebol moderno

Mário Lima lembrou que a cada ano são revelados diversos novos jogadores e que muitos deles são vendidos rapidamente, logo fica difícil decorar a escalação da equipe. No futebol raiz a convivência entre a imprensa, os jogadores, dirigentes e treinadores era grande. Agora o esporte é mais profissional e a realidade é outra.

“A realidade dos clubes não permite que os jogadores ganhem R$ 500 mil por mês. Tem o Palmeiras agora, o Inter com o Sonda, tinha o Grêmio com o Rigo, mas são coisas pontuais. Eu acho difícil que esses grandes clubes virem empresas, penso que os pequenos e os médios precisam virar logo”, disse o narrador.

E as redes sociais?

“Tem que usar as redes, para o teu lado. Tem que usar como ampliação do teu sinal. Nós não podemos perder as nossas fontes, seja no futebol ou no jornalismo, não podemos nos abastecer apenas com as redes sociais. Tem que utilizar o WhatsApp como uma coisa boa. Hoje a rede social é uma grande negócio para o rádio”, concluiu.

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