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Manifestantes se reúnem para ato antifacista em Criciúma

Ato ocorre na manhã de domingo, em frente à Rodoviária; organização reforça caráter pacífico do protesto contra o presidente Jair Bolsonaro
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 05/06/2020 - 12:12 Atualizado em 05/06/2020 - 14:51
Reprodução
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Um grupo de pessoas se reuniu nos últimos dias em Criciúma para uma manifestação antifascista no município. O ato, inicialmente marcado para o sábado, foi transferido para o domingo, 7,  às 9h em frente à Rodoviária. A manifestação ocorre em meio a uma série de protestos no Brasil e nos Estados Unidos e une o sentimento de oposição ao presidente Jair Bolsonaro a outras pautas, como o combate ao racismo.

A organização ganhou força no sentido de um ato contrário ao que vem ocorrendo nos últimos domingos em Criciúma, em carreatas de apoio a Jair Bolsonaro. Pelo Twitter, no domingo passado, usuários postaram sobre a necessidade de um movimento de oposição ao presidente na cidade. 

O grupo antifascita tomou forma com um núcleo de organização do ato para este domingo, além de perfis no Twitter  e Instagram, com mais de 660 seguidores, sendo a primeira postagem feita há dois dias. 

O estudante de engenharia mecânica, Luiz Eduardo dos Santos Bif, auxilia os organizadores na divulgação do ato. "Os protestos das torcidas organizadas antifascistas (especialmente em São Paulo) foram uma motivação, mas  também ao redor do mundo, primeiro pelo assassinato de George Floyd (nos Estados Unidos, que gerou uma série de protestos nas principais cidades do país). No último mês, tivemos três notícias de assassinatos de crianças negras e isso causa bastante indignação das pessoas", disse à reportagem. "O protesto é de oposição ao governo Bolsonaro", esclarece. 

A organização salienta que a manifestação será pacífica, mas há a preocupação - depois de comentários contrários na página do Instagram, em que Luiz relata que houve ameaças de apoiadores de Bolsonaro em postagens - de que hajam infiltrados no ato. "A gente se preocupa que hajam infiltrados que possam causar alguma depredação ou agressão, porque a manifestação é de cunho pacífico. No Instagram que a gente postou as informações, se olhar nos comentários tem ameaças, através de perfis fakes, mas nunca é legal receber ameaças. Estamos preocupados", ressalta o estudante.

Em uma das postagens, a organização do evento justifica o caráter da luta pelos direitos humanos e reproduz a frase "Vidas Negras Importam", que nasceu nos Estados Unidos em reação ao assassinato de jovens negros pela polícia. O movimento ressurgiu com força no país norte-americano após a morte de George Floyd, asfixiado por um policial no estado de Minnesota.

"O fim de uma ditadura foi conquistado no Brasil com muita luta e sob o sangue que ficou nos porões do regime militar. Em contraponto, movimentos autoritários, cada vez mais violentos e opressores, tem crescido em nosso país e são impulsionados por grupos específicos que, sadicamente, chamam de democracia políticas genocidas. A nossa manifestação é pela paz, é pela defesa dos direitos humanos", diz a postagem, que segue:

"É para gritar que nossas vidas importam, que pessoas negras - as que mais morrem no Brasil - são assassinadas em números exorbitantes pelas mãos do Estado, é para lutar pelos aspectos do regime democrático que ainda respiram nesse País". 

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