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Laguna: Polícia Civil prende servidor acusado de rachadinha e apreende arsenal

Funcionário público é acusado de exigir pagamentos de pessoas em situação de vulnerabilidade social
Por Redação Criciúma, 09/02/2024 - 11:46 Atualizado em 09/02/2024 - 11:49

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A Polícia Civil prendeu um servidor público municipal de Laguna acusado de envolvimento em esquemas de "rachadinha" e apreendeu, com ele, um arsenal composto por quatro armas de fogo e diversas munições. A operação, batizada de “Resiliunt”, foi conduzida pela Divisão de Investigação Criminal (DIC). O suspeito foi preso preventivamente.

O acusado ocupava a posição de oficial de gabinete do prefeito de Laguna desde 18 de janeiro de 2023. A Polícia Civil aponta que ele exigia pagamentos indevidos de bolsistas vinculados à Fundação Irmã Vera, uma entidade assistencial do município, atuando sob ameaça de desligamento do programa e outras possíveis punições.

As investigações apontam que o servidor, exercendo diversos cargos comissionados desde 2021 na administração pública municipal, coordenava administrativamente o programa “Frente de Trabalho”, que consistia no pagamento de um bolsa auxílio para pessoas que estão desempregadas e em situação de vulnerabilidade socioeconômica.

Pagamentos de R$ 100 a R$ 500 por mês

De acordo com a Polícia Civil, as investigações revelaram que ele constrangeu trabalhadores vulneráveis para que o repassassem de R$ 100 e R$ 500 por mês, sob a alegação de manutenção do vínculo com o programa de trabalho, geralmente associado a serviços de limpeza urbana.

O delegado Bruno Fernandes, coordenador das investigações, destacou a gravidade da situação, afirmando que as ações do acusado prejudicaram significativamente aqueles que deveriam ser mais protegidos pelo município, afetando o sustento das famílias envolvidas.

“O investigado, mês a mês, imbuído de sua própria ganância, retirou da mesa dos trabalhadores, ainda indiretamente, aquilo que lhes era mais caro: o sustento próprio e de suas famílias”, afirmou.

A operação "Resiliunt", que leva o nome latino para a prática da rachadinha, aponta para a continuidade dos atos de corrupção mesmo após o investigado informar sobre a demissão em dezembro de 2023, e que não foi encontrada pelos investigadores no diário oficial. 

Armas e munições apreendidas

No decorrer do cumprimento do mandado de busca e apreensão, os policiais apreenderam quatro  armas de fogo e diversas munições de variados calibres. Elas eram de posse do investigado, que tinha os devidos registros. Segundo a Polícia Civil, no entanto, as provas indicam que o investigado portava os armamentos em horário de serviço. Por essa razão, todas foram apreendidas até a finalização das presentes investigações. 
 

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