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"Jamais podemos vacinar São Paulo e não vacinar o Brasil", afirma secretário

Catarinense Vinícius Lummertz falou com exclusividade à Som Maior
Por Marciano Bortolin São Paulo, SP, 10/01/2021 - 15:29 Atualizado em 10/01/2021 - 15:48
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação

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No fim de 2020, representantes da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), esteve em São Paulo para assinar a intenção de compra  de 500 mil doses da vacina CronaVac, produzida pelo Instituto Butantan.

A articulação entre federação e governo paulista se deu através do catarinense Vinícius Lummertz, ex-ministro de Turismo do governo do presidente Michel Temer e hoje secretário de Estado do Turismo de São Paulo e envolvido diretamente com a fabricação da vacina. 

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Nessa semana, Lummertz falou com exclusividade ao Programa Ponto Final, da Rádio Som Maior sobre a produção em parceria com o laboratório chinês Sinovac, das ações do governo de São Paulo e das atitudes do Governo Federal com relação à pandemia.

Ele lembrou que no momento em que se levou as lideranças catarinenses ao Butantan, Santa Catarina passava por mudanças com o afastamento do governador Carlos Moisés da Silva. “Naquele momento tínhamos dois grandes vácuos em Santa Catarina. A situação do impeachment, o governador que havia saído, a vice-governadora que iria sair, e abriu-se uma oportunidade pelo fato de não haver coordenação nacional, que até hoje é sofrível, não só em relação à vacina, mas em geral. No Brasil a coordenação nacional foi muito falha. O Governo Federal acertou em algumas coisas, mas não acertou na coordenação geral, que é muito importante. Como estou no Governo de São Paulo, o governador João Dória me deu esta condição e fomos o primeiro movimento de prefeitos a assinar a busca de uma reserva de 500 mil vacinas, iniciando pelos profissionais de saúde, que são os verdadeiros heróis desta batalha. Fizemos este momento com o presidente da Fecam, com o ex-deputado, Doutor Jailson e fizemos este memorando e agora estamos no momento que tempos esta reserva, esta semana vamos voltar a conversar sobre isso no Butantan porque teve a decisão do Governo Federal, finalmente, de adotar a CoronaVac a nível nacional, este é o nosso desejo. Não será suficiente, teremos este ano 100 milhões de vacinas”, destacou.

Lummertz revelou que será construída uma fábrica de vacinas em São Paulo. “Será com auxílio de empresários que doaram R$ 170 milhões. Não passou pelos trâmites de licitação porque é uma doação de empresários. Então teremos uma fábrica que nos dará independência a partir de setembro. Expectativa de vacinar a partir do dia 25, dependendo da palavra final da Anvisa”, enfatizou.

O Instituto Butantan enviou o pedido de uso emergencial da CoronoVac à Anvisa nessa sexta-feira,8, e agora aguarda a reposta. “A ciência bateu recordes e com isso voltaremos a uma atividade econômica normal. No decorrer do ano ainda teremos restrições, porque o tempo de vacinação vai nos obrigar a tomarmos certos cuidados, mas temos luz no fim do túnel, uma perspectiva concreta através do Instituto Butantan que bloqueie processos. Semana que vem estarei com o Dimas Covas (diretor do Butantan) e sua diretoria para planejarmos este passo”, falou.

Vacina para o país todo

O próximo passo para a Fecam é a entrega, na semana que vem, da carta de encomenda com a perspectiva de pagamento. “Todos os municípios têm este recurso e esta é a parte boa do Governo Federal que fez isso, isso é importante. O Doutor Jailson estará comigo comigo no Butantan para vermos os próximos passos, porque tem os ajustes agora porque o Governo Federal decidiu apoiar a vacina e fazer um contrato de compra para espalhar para todo o Brasil. Jamais nós podemos vacinar São Paulo e não vacinar o Brasil. Esta é uma hipótese que jamais foi e será intenção de qualquer estado brasileiro”, declarou.

O Butantan é o produtor de 75% das vacinas do Brasil e de 10% do mundo. “O Governo Federal precisa tomar uma postura mais produtiva porque este movimento antivacina liderado pelo próprio presidente da República, já derrubou em 32% as vacinas no Brasil de poliomielite, sarampo, portanto é preciso parar com este tipo de política e apoiar a ciência, a medicina, os conhecimentos que nos transformam em sociedade civilizada. Eu parabenizo o ministro Pazuello por esta atitude e esperamos que se concretize”, finalizou.

Confira a entrevista de Vinícius Lummertz na íntegra:

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