O senador Dário Berger (MDB) foi o primeiro painelista a falar durante o Fórum Içara do Amanhã. Começou falando sobre os cuidados que os administradores públicos precisam ter, indo desde os vereadores até o presidente da República. E falou sobre o tempo que esteve à frente das prefeituras de São José e de Florianópolis.

“Um administrador público deve ser um pacificador. Todos aqueles que tem a responsabilidade e a honra de dirigir parte da sociedade tem que ser um homem dotado de características especiais, como uma mãe que acolhe todos os filhos sem descrição, assim tem que ser um prefeito”, comentou o senador.

Eleito vereador em 1992, quatro anos depois disputou a Prefeitura de São José, sendo eleito. Em 2000 acabou reeleito com 85% dos votos numa eleição contra outros três candidatos. E em 2004 partiu para um novo desafio, a Prefeitura de Florianópolis. A administração, lá em 1997, começou com um pacto de governabilidade, com seis meses para colocar as coisas em ordem.

“Eu olhava para São José e me perguntava porque não andava para a frente, e não foi difícil para reconhecer os maiores problemas que ela enfrentava naquele momento. Um deles era a crise de identidade, crise de autoestima e termos burocráticos e ineficientes”, lembrou o senador. O objetivo dele era integrar a população por um objetivo maior.

O investimento em obras

A transformação de São José foi possível devido ao investimento em obras estruturantes. Diz que é preciso apostar nos empresários, porque são eles que geram empregos, mas é preciso prestar assistência a população. E foi assim que investiu na construção de uma policlínica.

“Com o advento do SUS a saúde teve um crescimento extraordinário, naquela época, o atendimento básico estava quase resolvido, o que precisava eram as especialidades, as cirurgias. Nós fizemos uma policlínica com quatro especialidades, o número de profissionais multiplicou e as pessoas foram atendidas com dignidade”, contou.

Berger lembrou da construção da Avenida Beira-Mar em São José, que tinha projeto inicial de R$ 60 milhões, mas usando as máquinas da prefeitura e com licitações partilhadas, a obra custou R$ 19 milhões, o na época prefeito, até chegou a ser processado por não seguir a forma padrão de construção.

“Lá em São José, nós tínhamos que fazer obras dos dois lados da cidade, fizemos a beira-mar, que muitos prefeitos já tinham prometido. Içara tem que olhar para a SC-445, tem que olhar para um rodovia que o prefeito já me solicitou, que liga a Vila Esperança até Criciúma, tem a Via Rápida já construída.”, comentou.