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“Instrumento bom exige investimento alto”

Da política norte-americana ao show com Slash, assim foi o bate papo dos técnicos em som Charles Carminati e Guilherme Spiazzi no Programa Do Avesso
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 08/08/2017 - 15:44 Atualizado em 08/08/2017 - 15:48
(foto: Amanda Farias)
(foto: Amanda Farias)

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Morar fora do país proporciona uma nova visão de mundo. Essa experiência foi vivenciada por Charles Carminati e Guilherme Spiazzi, que moraram nos Estados Unidos e trabalham como técnicos de som.

Os brasileiros costumam adotar culturas de fora, lá não é tão comum. Segundo Guilherme, o Brazilian Day não faz tanto sucesso quanto é divulgado. A Times Square não é tão grande para caber um milhão de pessoas.

“Banda brasileira que vai para fora toca para brasileiro. 99% dos presentes são daqui. Quem toca para americano é Ivan Lins e alguns outros cantores”, destacou Charles.

Cuidar dos equipamentos é fundamental para atingir o sucesso na música. Economizar com gerador de energia durante um show não é indicado.

“Tem que resguardar o equipamento, em alguns momentos querem mais retorno, mas o profissional deve tomar cuidado. O ideal é fazer passagem de som antes”, explicou Guilherme.

Política

Guilherme começou a pensar em voltar ao Brasil em 2008. Morava fora mas não esquecia a sua antiga casa. Ele conta que a crise global não foi determinante para o retorno.
“A crise lá era 100 vezes menor do que a de hoje aqui”, disse.

Outro fator diferente é a proporção que tomam os escândalos, além da vontade de atuação dos políticos.

“Teve um senador lá que tirou um tumor do cérebro e dois meses depois estava votando”, diz Charles.

Shows em casamentos

Os norte-americanos costumam investir menos que os brasileiros nas festas de casamentos. Economizam na decoração e com a música, utilizando recursos na comodidade dos convidados. O estilo musical normalmente é clássico e inclui canções populares no rádio.

“Eles não gastam muito dinheiro na festa, o som é modesto e a iluminação também. Gastam em outras coisas, chegando a levar 300 convidados para um hotel”, contou Guilherme.

Evolução da música

Hoje as mesas de som contam com 32 entradas e 16 saídas, assim o operador pode escolher o que cada um dos artistas escuta durante os shows.

“O advento das mesas digitais foi essencial. Se não consegue colocar uma mesa de frente da pra utilizar um tablet para controlar o som”, lembrou Charles.

Trabalhar com bandas que já conhece facilita. Um músico profissional consegue dizer com mais clareza os tons que pretende atingir. Para ele o som deve ficar no máximo a 30 metros das pessoas, distância limite para o ouvido perceber delay.

Astros da música

Nos Estados Unidos Charles teve a oportunidade de equalizar para grandes nomes da música mundial. Ele contou sobre um momento especial, embora o cantor não tenha deixado fotografar.

“Uma vez falaram que eu ia fazer o show para uma banda de heavy metal, mas não disseram qual era. Quando cheguei lá era a banda do Slash”, lembrou.

No Brasil também teve outras oportunidades, em Criciúma trabalhou em uma apresentação do rei Roberto Carlos. Inclusive pode presenciar o cantor realizando ajustes em sua perna mecânica.

“Até hoje muita gente não acredita que ele tem esse problema, mas em um show pude verificar fazendo ajustes, hoje não deve precisar mais”, completou.
 

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