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Hospital e Turvo, sete décadas juntos

A data de nascimento do município e de início das operações do Hospital São Sebastião é a mesma
Por Vanessa Amando Turvo, SC, 19/03/2019 - 11:01
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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O Hospital São Sebastião comemora 70 anos amanhã. A fundação veio no mesmo dia em que Turvo tornou-se município, 20 de março de 1949. A feliz coincidência é uma das tantas razões de orgulho da cidade. São exatas sete décadas caminhando lado a lado. A instituição é fruto da união da comunidade, já que, na época, cerca de 350 pessoas cooperaram com mão de obra, materiais, contribuições em dinheiro, além do próprio terreno, o qual é oriundo de doação, e fundaram a entidade. Esta mesma comunidade participa ativamente do desenvolvimento do São Sebastião até hoje, o que permite, também com auxílio da iniciativa pública e privada, o seu pleno crescimento ao longo das últimas sete décadas.

O presidente do hospital, Renato Luiz Manenti, lembra que a história da instituição começou em uma pequena casa de madeira, onde apenas um médico realizava os atendimentos, o que era muito precário. Em 1950, chegaram 12 religiosas da Congregação das Irmãs Franciscanas de São José, as quais ficaram responsáveis por tudo, desde a lavanderia até os atendimentos de enfermagem e cirurgia.

“A partir disso, o São Sebastião começou a crescer e foi evoluindo ao longo dos anos. Em 2018, realizamos cerca de 14 mil atendimentos. Hoje, já são 4,5 mil metros de área construída, 65 funcionários, 65 leitos e recentemente, em fevereiro, inauguramos a nova maternidade, amplamente moderna e equipada para partos humanizados”, conta Manenti.

A importância das parcerias

Ele lembra que a entidade é filantrópica e conta com diferentes e importantes apoios para se manter nos últimos 70 anos. A Associação Comunitária Irmã Úrsula Heidemann, parceira há quase 18 anos, é responsável pelo plantão 24 horas e também concede descontos para seus associados em atendimentos no hospital. O Instituto de Neurociências Dr. João Quevedo é parceiro na área de Psiquiatria.

A Clínica Dr. Salvaro – Instituto do Coração do Vale presta apoio no setor de Cardiologia. Já a Cliniimagem oferece serviços de diagnóstico por imagem, como Tomografia Computadorizada, Ultrassonografia Geral, Mamografia Digital, Raio-X Digital e Densitometria Óssea, em uma estrutura instalada dentro do São Sebastião.

“Hoje em dia é muito difícil manter uma instituição de saúde, a tabela do SUS, por exemplo, não tem correção há 20 anos. Além da ajuda da comunidade, agradecemos o apoio de empresários e políticos municipais, estaduais e federais que, através de emendas parlamentares, também nos auxiliam nessa missão”, declara o presidente. Ele afirma que, além da maternidade, o hospital também modernizou, recentemente, o Centro Cirúrgico e o Centro de Imagem com equipamentos novos.

Diversas especialidades

O São Sebastião atende através de convênios, do Sistema Único de Saúde (SUS) e de modo particular. Entre os diversos serviços disponíveis, a entidade tem como especialidades as áreas de otorrinolaringologia, obstetrícia, endoscopia, colonoscopia, cirurgias gerais, de varizes e de ortotraumas, além de contar com quatro leitos de tratamento intensivo para emergências.

“Precisamos modernizar a lavanderia, o setor de esterilização. Estamos buscando recursos para adquirir novos aparelhos de mamografia e cirúrgicos, principalmente ortopédicos. O trabalho não para, pois somos referência em Turvo e em toda a região Sul, por isso a busca por melhorias é contínua”, ressalta Manenti.

Comunidade unida e fortalecida pela fé

Frei Zezinho

Assim como no Hospital São Sebastião, inicialmente administrado em parceria com a Congregação das Irmãs Franciscanas de São José e, mais tarde, com a Associação Comunitária Irmã Úrsula Heidemann, a fé católica sempre esteve presente de modo bastante forte em Turvo. Colonizado, principalmente, por italianos, os quais trouxeram a fé cristã na bagagem, o município tem fiéis, inúmeros e atuantes, segundo atesta Frei Zezinho, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Oração.

“Os imigrantes italianos trouxeram e deixaram como herança essa fé cristã católica. Tem o lado religioso, claro, mas também a questão agrícola. É muito comum ver agricultores fiéis à igreja e devotos a algum santo, por exemplo, pois a fé está diretamente ligada ao sucesso do plantio, ela influencia nas crenças de uma boa colheita”, afirma o frei.

Ele acrescenta que o respeito deve existir entre todas as crenças, mas que, de fato, igrejas de outras religiões quase não são vistas em Turvo. Hoje, além da Igreja Matriz, o município conta com 19 capelas, nas quais é realizada a Celebração da Palavra todos os domingos e missa uma vez por mês.

O pároco lembra que uma das primeiras instituições que se instalam em um pequeno município, na maioria das vezes, é uma igreja. “Geralmente, todas as cidades têm uma pequena capela, e a comunidade gira em torno dela, desenvolve-se a partir dali. Não foi diferente com Turvo”, recorda.

A primeira capelinha foi erguida em 1916. Já a Igreja Matriz começou a ser construída em 1938, novamente com a ajuda da comunidade. Frei Zezinho conta que as famílias colonizadoras ajudaram na obra. Ela foi inaugurada em 1940. A Praça Frei Paulo Benincá Veneziano fica nos arredores da paróquia.

“Nossa Senhora dos Campos e Nossa Senhora da Oração, que dá nome à nossa paróquia, são a mesma Santa. O nome foi escolhido a partir de uma imagem vinda da Itália, era mais como uma imagem pintada em uma espécie de manto. Ela ficava na primeira capelinha que teve em Turvo, mas, por causa do tempo e da má conservação, não existe mais. Depois de alguns anos, uma segunda imagem também foi trazida da Itália e essa foi conservada, inclusive está em destaque na paróquia atual”, conclui o pároco.

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