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Greve dos mineiros: SIECESC não dará o reajuste pedido pelo Sindicato

Diretor do SIECESC afirma que proposta do Sindicato está "fora da realidade"
Por Paulo Monteiro Siderópolis - SC, 24/02/2020 - 08:52 Atualizado em 24/02/2020 - 08:53
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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O Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (SIECESC) não dará o reajuste de salário solicitado pelo Sindicato dos Mineiros da região carbonífera. Em uma assembleia realizada neste sábado, 22, que contou com a presença de ambas as associações, os mineiros acordaram em entrar em greve a partir desta segunda-feira. 

De acordo com o presidente do Sindicato dos Mineiros de Criciúma e região, Djonatan Elias, também conhecido como Piriguete, os trabalhadores pediam inicialmente um reajuste de 8,22% - o qual foi baixado para 7% após conversa em assembleia. Apesar disso, o SIECESC afirmou que o reajuste seria irreal dentro de suas condições e fixou a sua proposta em 5%.

“O trabalhador está muito consciente da greve, do que estão tentando fazer com eles e o que estão oferecendo, um valor muito insignificante”, destacou Djonatan. Segundo o presidente, quatro carboníferas irão aderir ao movimento, em datas diferentes. “Neste momento a Metropolitana está parada, e seguirá assim até quarta-feira. Depois será a vez da Rio Deserto, em Treviso e Mina 101, seguido da Belluno e, por último a Catarinense, em Lauro Müller”, disse.

O diretor executivo do SIECESC, coronel Márcio Cabral, afirma que a proposta de reajuste do próprio Sindicato Catarinense, apesar de ser inferior à solicitada pelos mineiros, é maior do que qualquer uma, em qualquer categoria catarinense, com data base em janeiro deste ano - podendo ser, até mesmo, a maior do país.

Cabral destaca que as negociações ficam inviabilizadas com o valor solicitado pelos trabalhadores, algo que, segundo o diretor, está totalmente fora da realidade. “Essa proposta de 8,22% e 7% não se chegaria em hipótese alguma. Quando a gente quer negociar de verdade, não ficamos em um patamar fora da realidade brasileira, fora da realidade estadual e até mesmo fora da realidade do universo da mineração”, ressaltou Cabral.

“Estamos oferecendo, além do INPC, um ganho real de até 16%, o qual chegamos na conversa do tribunal. É um ganho real em cima do INPC, que foi de 4.48%, que é o índice de reajuste salarial. Chegamos no patamar que era possível chegar, de 5,15%, para que a greve não acontecesse”, disse Cabral. Com a paralisação por parte dos trabalhadores, o diretor executivo destaca que não há como manter nem sequer a última proposta da associação, que precisa ser estudada novamente devido aos impactos que a greve terá em toda a cadeia produtiva ligada ao carvão.
 

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