Já tem algum tempo que as Fake News estão por aí. Foi em 2016, durante a corrida eleitoral estadunidense, que elas ficaram mundialmente conhecidas e, desde então, não pararam de circular.

É só surgir um assunto considerado mais polêmico que as Fakes surgem. Nada melhor para esse 1º de abril, o Dia da Mentira, que dicas de como evitar as tão famosas Fake News.

Nesse guia, vamos ver algumas notícias falsas que vem surgindo durante esse período de coronavírus.

1. Verifique links.

Essa era uma das principais notícias falsas divulgadas no começo da quarentena. Realmente a AMBEV estava doando álcool em gel, porém foi para hospitais públicos. Prestando atenção no texto da mensagem, você nota o link que não corresponde ao padrão mais utilizado “.com.br”. Esse é um dos indicativos do servidor que é utilizado para hospedar o site. Sites governamentais, por exemplo, sempre utilizam o “.org.br”. Extensões diferentes, como “.site”  ou “.formulario.com” já é um sinal de alerta.

2. Texto da mensagem

Boa parte das Fakes contém erros de português. Isso serve tanto para as notícias falsas quanto para SMS de “prêmios’ e “bancos” que aparecem pedindo os seus dados pessoais. No exemplo da AMBEV, no final do texto tem a mensagem “Continue lendo” em negrito como se tivesse mais informações sobre a ação da cervejaria. O padrão dentro do WhatsApp é que a mensagem, para ler todo o texto (quando muito extenso), seja azul, indicando que você pode clicar ali. No print podemos perceber que está em negrito e ao testar, não estende a mensagem.

3. Verifique os sites oficiais

Uma das principais preocupações durante a quarentena é com a economia. Com o comércio fechado, o dinheiro não gira. E essa Fake News atinge boa parte da população, anunciando auxilio em dinheiro para as pessoas. O principal local de divulgação de ações feitas por qualquer entidade são os seus próprios canais de comunicação, como o site oficial e as suas redes sociais. Para ter certeza que você realmente está no site, por exemplo, do Governo Federal, basta pesquisar em algum site de buscas “site Governo Federal” que irá aparecer. Lá você pode confirmar a informação.

4. Acesse veículos tradicionais da mídia

As redações e produções dos veículos jornalísticos são baseadas no compromisso de tornar públicas as notícias pertinentes ao melhor desempenho da democracia na sociedade e, para isso, contam com profissionais qualificados, fontes especializadas e processos de pesquisa e verificação que garantem a veracidade e credibilidade das informações que irão a público por seus canais, sejam eles de rádio, televisão ou escrita. Ao buscar por informações, dê preferência àqueles veículos que você já conhece e confia.

5. Busque especialistas da área

Surgiram diversas receitas caseiras de álcool em gel e tratamentos contra a Covid-19. Elas foram compartilhadas diversas vezes nas redes sociais e inclusive uma delas foi utilizada em uma fábrica clandestina em Criciúma. Essas receitas envolvem reações químicas, muitas vezes desconhecidas, e que podem até mesmo ser perigosas. Informações confiáveis, vindas de profissionais da área, geralmente contam com o nome do profissional e seu registro legal na área.  Caso tenha dúvida da veracidade da receita, tente se informar com alguém da área e que entenda do assunto, como, por exemplo, o farmacêutico do seu bairro.

6. Acione empresas de checagem

Ainda ficou com dúvida se é verdade ou não? Entre em contato com empresas que atuam com verificação de informações. A Lupa e Aos Fatos são duas dessas empresas, e elas tem parceria com o Facebook. Toda vez que alguma postagem é denunciada como notícia falsa, a rede social encaminha a postagem para essas empresas checarem. Caso seja comprovado que é uma Fake News a postagem para de circular na rede. Outro projeto de checagem é o Comprova, que reúne voluntariamente jornalistas de 24 dos principais veículos de comunicação do Brasil.