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“Estão decretando a morte da escola infantil”, diz professora sobre decretos

Paralisadas desde 18 de março, aulas deverão voltar somente em 2 de agosto
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 06/06/2020 - 09:22
Foto: arquivo / 4oito
Foto: arquivo / 4oito

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Em Santa Catarina, todas as escolas e instituições de ensino estão com atividades suspensas desde 18 de março, quando veio à público o primeiro decreto do governador Carlos Moisés para prevenção ao Covid-19. Desde então, os prazos para o retorno das aulas vem sendo estendidos, com o último previsto para 2 de agosto. Em entrevista ao programa Adelor Lessa, a professora da escola Tiquinho de Gente, Maria Cristina Pizzolo, contou as dificuldades que as instituições privadas de ensino infantil vem sofrendo.

A professora destaca que a primeira parada foi acatada com bom entendimento pelas instituições da região, que entenderam a necessidade do decreto. Apesar disso, diferente das demais escolas, que conseguem realizar as aulas de forma remota, as entidades de ensino infantil não tem como exercer um trabalho online para crianças de seis meses a seis anos. 

“Os trabalhos foram sendo retomadas, as famílias ficaram sem serviço na escola. Precisamos entender que um adolescente fica sozinho, crianças de 9 ou 10 anos as pessoas dão uma olhada, mas uma criança com menos de seis anos precisa de cuidado presencial”, pontuou.

Com os pais voltando ao trabalho na retomada das atividades e as escolas ainda paralisadas, começou o rompimento de contratos com famílias que tiveram de contratar uma outra pessoa para cuidar da criança e não tinha como pagar, ao mesmo tempo, a entidade. “No ensino infantil privado, nós vivemos exclusivamente de mensalidade. Quando a mensalidade não chega, a escola quebra e esquecem que a escola privada faz parte também do setor da economia”, disse Maria.

A professora ainda destaca que, em um primeiro momento, a flexibilização de pagamentos prevista pelo Governo Federal ajudou a escola a lidar com a situação. Mas, como o auxílio dura somente dois meses, está prestes a se encerrar. As instituições chegaram a fazer reduções nas mensalidades na tentativa de manter os alunos, mas a paralisação acabou se tornando algo insustentável. 

“O que o poder público não está dando conta é de que estão decretando a morte da escola infantil, e vão ter que atender a demanda dessas crianças depois, que ficarão sem escola por aqui em Criciúma, porque já fecharam algumas”, afirmou.

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