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Equipe de neurocirurgiões realizam procedimento inédito em bebê de oito meses

O procedimento para correção de crânio foi o primeiro realizado em Criciúma
Por Redação Criciúma, 15/10/2019 - 15:00
foto: arquivo 4oito
foto: arquivo 4oito

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Um procedimento inédito em um bebê de oito meses foi realizado na última semana pela equipe de neurocirurgiões que atendem no Hospital São José. O caso em questão tratava-se de um problema genético chamado de Escafocefalia, um tipo de cranioestenose que acontece quando a união de “blocos de ossos” da cabeça do bebê se fecha antes do previsto, causando uma deformidade no crânio do recém-nascido.

 Com o objetivo de sanar o problema, é possível realizar cirurgia de reconstrução para que o cérebro do bebê possa crescer de acordo com seu desenvolvimento. O procedimento, inédito em Criciúma, foi realizado pelo neurocirurgião Dr. Carlos Fernando Santos Moreira, com apoio dos neurocirurgiões André Nesi e Luiz Pedro Willimann Rogério.

“É uma cirurgia de alta complexidade, onde reconstruímos todo o crânio da criança. O procedimento durou aproximadamente duas horas. Neste caso, por se tratar de uma criança muito pequena [oito mese], não deve haver sangramento, podendo instabilizar durante a cirurgia, então todo cuidado é de extrema importância”, relata Moreira.

 O bebê submetido a cirurgia recebeu alta em cinco dias do Hospital e continua sua recuperação em casa, respondendo bem ao procedimento.

O que é a escafocefalia

Ao nascer, todo bebê ainda tem suas suturas [moleiras] abertas. O crânio de um bebê é dividido em pedaços e, à medida que a criança vai crescendo, estes blocos se unem. De acordo com os especialistas, esta divisão é necessária para que a união dos blocos se molde a medida em que a criança vai evoluindo e se desenvolvendo, e também para que o cérebro acompanhe este amadurecimento.

No caso de uma criança que possui a escafocefalia, isso ocorre devido ao fato das suturas fecharem antes do tempo; ou seja, prematuramente, fazendo com que o bebê desenvolva uma deformidade no crânio.  O problema pode ser corrigido, porém, caso não seja, haverá uma restrição no crescimento cerebral que pode acabar causando problemas neurológicos no futuro. Estudos apontam que não há medidas de prevenção quanto ao problema, nem à causa inerente para o surgimento do mesmo.

De acordo com pesquisas, no Brasil estima-se que a cada 10 mil bebês, somente um apresente o problema de escafocefalia. Em outros países ,o número estimado é maior, havendo mais casos de bebês nascidos com a patologia.

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