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Empresários falam sobre o impacto do coronavírus nos empreendimentos

Estado já vai para a terceira semana com suspensão de atividades
Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 03/04/2020 - 18:14 Atualizado em 03/04/2020 - 18:16
Reprodução
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Em Santa Catarina, muitos estabelecimentos já se encaminham para a sua terceira semana com as portas fechadas - alguns, até mesmo mais. O decreto de suspensão de atividades econômicas, baseada na orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar aglomerações e ficar em casa, foi adotada em todo o Estado e traz dois lados: o positivo que evita a proliferação do coronavírus, e o negativo que está se consolidando na economia. O programa Do Avesso desta sexta-feira, 3, recebeu os empresários Juninho Maffioletti, Leandro Vettorazzi, Larissa Bortolotto e Paula Francisconi, para falar sobre os impactos que o COVID-19 vem tendo nos empreendimentos.

Proprietário da casa noturna 1051, de Criciúma Juninho já está indo para a sua quarta semana com as portas fechadas, e tem plena ciência de que o seu ramo será um dos últimos a se recuperar frente a crise causada pela doença. “O nosso ramo foi praticamente os primeiros a fechar, e seremos os últimos a se recuperar. Tudo isso porque lidamos com muita aglomeração, e as pessoas ainda terão receio”, disse.

Outros ramos, como o de restaurantes e hotelarias, também grandes afetados pela crise. Proprietário da Pollo Churrascaria e de hotéis da região, Leandro Vettorazzi afirma que a ocupação de seu Hotel já está quase reduzida a zero - enquanto a churrascaria, de portas fechadas, busca outras alternativas para seguir funcionando.

“Estamos com apenas três ou quatro hóspedes que já eram fixos, um total de 0,2% da ocupação. Nossa churrascaria já está fechada há três semanas, e nesse meio tempo temos tentado usar muito a parte de redes sociais e trabalhar em cima da questão do delivery. Hoje em dia, a pessoa pode encomendar uma costela ou um quilo de picanha, marcar um horário e buscar aqui, mas só entram duas pessoas por vez”, destacou.

Larissa Bortolotto compartilha das mesmas dores vividas por Leandro. A empresária é responsável por um hotel e um restaurante já tradicional de Nova Veneza. Os dois estão de portas fechadas, e o restaurante tentando se reinventar para não parar definitivamente. Além do delivery, Larissa encontrou no passado do restaurante, uma ideia para o presente.

“Minha nonna ficou por 35 anos com um esquema de ‘delivery’ na praia do Rincão. As famílias iam para lá e encomendavam a comida, galinha ensopada, polenta e por aí vai, para o meio dia de tal dia. Na nossa casa lá, preparávamos e as pessoas iam buscar, sem marketing nem nada”, pontuou.

A empresária Paula Francisconi é uma das exceções do ramo comercial. Proprietária do Posto Avenida, de Criciúma, ela não parou com as atividades de seu negócio, por esse se encaixar nas chamadas atividades essenciais definidas pelo governo do Estado. Mesmo assim, mudanças e adaptações tiveram que ser feitas para o momento vivido.

“Hoje estamos trabalhando com 40% da venda de antes. Reduzimos em 34% o nosso quadro de funcionários, adiantando em férias e acertando em horas extras. Achamos que não vamos ter de demitir ninguém, mas estamos tomando algumas medidas para diminuir os custos no possível”, concluiu a empresária.
 

Tags: coronavírus

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