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Em Cocal do Sul, R$ 2 milhões de prejuízos

Cálculo refere-se aos danos no município com o temporal do começo do mês
Por Redação Cocal do Sul, SC, 14/02/2019 - 15:20 Atualizado em 14/02/2019 - 15:24
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O Governo Municipal de Cocal do Sul teve acesso nesta semana, ao relatório dos estragos e danos causados pela forte chuva ocorrida no dia 1º de fevereiro. Conforme os dados computados pela Defesa Civil, Secretaria de Obras e Fundação Municipal do Meio Ambiente, o município contabilizou mais de R$ 2 milhões de prejuízo por causa da chuva. Desse montante, R$ 1,3 milhão refere-se às obras de infraestrutura pública, como estradas, pontes, bueiros e escola, R$ 750 mil a estragos em unidades habitacionais, além de R$ 81 mil de perda na agricultura (fruticultura e arroz) e R$ 12 mil relativo a danos em uma empresa prestadora de serviço.

Conforme o coordenador da defesa Civil de Cocal do Sul, Nilton Gonçalves o relatório será finalizado até o final desta semana. “Ainda estamos registrando danos em propriedades particulares. Mas segundo o levantamento, 592 residências foram afetadas com os alagamentos das ruas e 14 casas alagadas. Além disso, seis pontes foram danificadas, sendo três totalmente destruídas. Tivemos redes de drenagem comprometidas em vários bairros da cidade, estragos na pavimentação de estradas vicinais e urbanas, totalizando 49 obras de infraestrutura pública atingidas”, relata.

Segundo o coordenador da Coordenador Regional da Defesa Civil de Santa Catarina, Rosinei da Silveira esta estimativa de prejuízo são informações que caracterizam a situação de emergência. “É importante deixar claro que, o que deve vir de retorno dos Governos Estadual e Federal depende da análise realizada pelos técnicos após a confecção do plano de trabalho pela prefeitura. Portanto não temos nenhum recurso garantido que possa vir para o município. Neste momento, a situação de emergência está sob análise para homologação e reconhecimento. Depois deste reconhecimento, é que o governo abre o protocolo para a prefeitura encaminhar o plano de trabalho. Um documento onde é mencionado o que o município deseja de ajuda para ser reconstruído,  como recuperação de estradas, bueiros e pontes. Abre-se ainda a possibilidade de liberação do fundo de garantia das residências que foram afetadas. Todo esse trâmite deve levar de 30 a 60 dias”, explica.

Obras realizadas no município

Nos últimos dias, a equipe da Secretaria de Obras, Fundac e Samae dá prioridade para as obras de recuperação. Três frentes de trabalho realizam reparos, obras de drenagens, pavimentação, manutenção nas estradas vicinais e reconstrução de pontes.

No bairro Guanabara, na rua Francisco Possamai, a cabeceira da ponte sobre o Rio Cocal foi refeita. O acesso ao bairro Ângelo Guollo recebeu recuperação do asfalto e drenagem, assim como várias vias em bairros da cidade. O buraco aberto no  cruzamento da rua Paulino Búrigo com a Edson Gaidzinski também foi reparado. No bairro Monte Carlos, na rua Hortência, nova drenagem foi concluída.

Já no bairro Jardim Itália, na rua João Dajori, a secretaria de obras realizou o serviço de rebaixamento da via para evitar alagamentos no local. Também concluiu as obras de drenagem em alguns pontos no Rio Comprudente, Jardim Elizabeth e Loteamento Jatobá (onde cedeu metade da rua). Nesta semana, uma empresa foi contratada para fazer o serviço de limpeza de bocas de lobo. 

Segundo o secretário de Obras, Alessandro Carara Antunes o ponto mais crítico no momento é na ponte na estrada geral do Rio Comprudente, próximo a Place Lounge. “Ela esta totalmente destruída e nossa equipe iniciará os trabalhos nos próximos dias. Portanto a passagem continua interrompida. Assim como parte da rua Paulino Búrigo, no Centro, onde acontece a obra de drenagem. Nos demais pontos mencionados acima, as obras foram finalizadas e não há via interrompida”, ressalta.

Todos os trabalhos realizados recebem suporte do Sistema Municipal de Trânsito que atua na sinalização para manter a segurança nos locais em obras.

Problema poderia ser maior se não houvesse as obras de prevenção, avaliam técnicos

Conforme avaliação da Defesa Civil e dados apurados, o prejuízo causado pela última enxurrada poderia ser ainda maior se medidas de prevenção não tivessem sido colocadas em prática. Em 2018, o Governo Municipal realizou uma série de obras e ações para evitar as cheias.  

Um trabalho em conjunto com todas as secretarias e autarquia resultou no mutirão de limpeza em todos os bairros da cidade. Também foi feito o serviço de drenagem no bairro Jardim Elizabeth da margem do Rio Tigre, percorrendo a Avenida Chapecó até chegar a Rua Criciúma, uma das vias transversais mais atingidas pelos alagamentos nos últimos anos. Além da obra de aumento da vazão do Rio Tigre, no bairro Jardim Elizabeth, limpeza dos rios Cocal e Tigre, recomposição das margens de alguns pontos dos rios Cocal e Tigre e limpeza de bocas de lobo.

“A Estação Experimental da Epagri de Urussanga registrou no dia 1º de fevereiro um volume pluviométrico de 86 milímetros e, n dia seguinte, 78,7 mm. Totalizando 164,7 milímetros de água em menos de duas horas. Ou seja, choveu o esperado para o mês inteiro de janeiro. Foi muita água. As obras de prevenção contribuíram e muito para que situações piores pudessem ser evitadas. É importante ressaltar que o nosso município é um dos que mais investem em obras de combate às cheias e realiza o plano de contingência que deverá ser finalizado até junho”, avalia Nilton.

Descaso de moradores preocupa autoridades

Além de realizar as obras de recuperação causadas pela chuva, o Governo Municipal possui outra preocupação: lidar com o descaso de moradores irresponsáveis.

O superintendente da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Cocal do Sul, Josias Sorato explica que muitos pontos alagados foram registrados por causa da colocação imprópria de entulhos das ruas.

“Para se ter uma ideia, o município realizou um mutirão de limpeza em dezembro de 2018 para evitar que o lixo pudesse favorecer os alagamentos. Todos tiveram a oportunidade de limpar os entulhos de suas casas para serem descartados de forma correta. Mas muitos parecem não estar preocupados com as enxurradas. Na rua Jacinto Redivo, por exemplo, onde a água chegou a um metro, um colchão obstruía a passagem da água na boca de lobo. Uma mala também trancou a boca do dreno em uma das ruas no bairro Vila Nova, sem contar no bairro Jardim Elizabeth, onde foram descartados no rio telhas e parte de uma cama”, salienta.

O Governo Municipal realizará fiscalização intensiva, multará e  também espera contar com a ajuda da comunidade  por meio de denúncias. “Nós daremos prazo de 30 dias para cada entulho que for identificado dentro de lotes ou em cima de calçadas. As pessoas que colocarem entulhos em frente às suas casas esperando que a Prefeitura passe para recolher também devem ficar em alerta, pois serão notificadas. Não é responsabilidade do poder público carregar entulho, mas o lixo orgânico e o reciclado”, concluí.

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