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Em clima de despedida, Nomes & Marcas recebe Padre Antônio Júnior

Antes de partir para Florianópolis, o sacerdote conta sua trajetória ao jornalista Adelor Lessa
Por Giovana Bordignon Criciúma, SC, 13/08/2022 - 12:02
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Após 12 anos em Criciúma, Antônio da Silva Miguel Junior, o Padre Antônio Junior se despede da cidade levando muitas boas lembranças e gratidão. O sacerdote está sendo transferido para Florianópolis. No Nomes & Marcas deste sábado (13), ele contou sobre sua trajetória desde pequeno, como um “aluno levado”, até o padre que é hoje. 

Nascido e criado no município de Sombrio, Antônio soube da vocação muito novo. “Eu tive a graça de ser aluno de um colégio católico desde os três anos, onde tínhamos as orações e vivências. Sempre fui um guri muito metido nas coisas, então catequese, coroinhas, encenação, eu estava sempre no meio da bagunça”, contou. 

[A matéria continua após o áudio]

Confira a entrevista completa com Pe. ANtônio Júnior:

“Eu costumo dizer que eu era um aluno levado, daquele tipo que tirava a paz das professoras e catequistas, mas não era mal-educado”, brincou o padre. “Sempre fui muito gentil, parceiro, adorava rodar uma prova no mimeógrafo para as professoras... E ali foi crescendo minha vocação”.

O religioso veio de berço católico, mas não foi da família que veio a influência para a vida sacerdotal. Apesar de sempre apoiarem o filho, seus pais não costumavam ir à igreja com frequência, eram os famosos ‘católicos relaxados’. Mas, assim que teve o primeiro resquício de vontade de exercer a fé e contou aos pais, eles aceitaram e nunca foram contrários. 

“A minha decisão de entrar no seminário mesmo foi depois que eu assisti a ordenação de um sacerdote. Foi lá que alguma coisa mexeu comigo, me despertou e eu disse a minha mãe: ‘eu quero ser padre, quero entrar no seminário’. Não tinha nem noção do que era ser padre, imagina, tinha 13 anos naquela época!”, disse. 

O garoto foi fazer estágio em um seminário em Tubarão e voltou em julho de 1996. Segundo ele, assim que chegou em casa sua mãe soube, pela forma como ele contou a experiência, que ele não voltaria mais para casa. Sua paixão ao falar dos dias no seminário foi tão diferente de como ele falava de qualquer coisa e ela sentiu. 

O amor e gratidão pela família é imensurável. Dentro do lar, ele nunca foi visto como o Padre Antônio, lá ele é apenas o Junior. “Em casa eu sempre fui tratado como o filho e o irmão, nunca como padre! Eu acho que isso é uma relação muito saudável. Porque seria muito chato chegar em casa e ser tratado como todas as pessoas te tratam”, confessou. 

E, agora, o Padre Antônio deixa a Paróquia de São José, em Criciúma, cidade em que as pessoas se apegaram tanto a ele, para ministrar jovens no seminário. “É uma responsabilidade muito grande, porque os jovens que eu estarei trabalhando serão os futuros padres da nossa diocese”, ressaltou. 

Ele parte, mas não esquecerá do dia em que foi transferido para a Capital do Carvão. Em uma viagem a Nazaré, em Israel, quando estava tudo certo para que ele trabalhasse em Içara, o bispo faz uma ligação que muda, completamente, seus planos. O convite era para que ele permanecesse em Criciúma. 

“Eu disse ‘bom, eu estou na terra do sim, onde Nossa Senhora disse sim para o anjo Gabriel! Então conte com meu sim!”, proclamou o padre. “Voltei para Criciúma em fevereiro de 2012 e fiquei até agosto de 2022. Cheguei aqui com 25 anos e estou indo embora com 40”. 

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