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Dos Estados Unidos ao Rio de Janeiro: Içarense conta história com Tony Ramos

Depois de morar fora por quase oito anos, Edevaldo Souza voltou ao Brasil para ser taxista
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 28/11/2017 - 16:15 Atualizado em 28/11/2017 - 16:23
(foto: Amanda Farias)
(foto: Amanda Farias)

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O sonho americano leva milhares de brasileiros aos Estados Unidos a cada ano. Em 2002, o içarense Edevaldo Damazio Souza, na época com 21 anos, após ser convidado por um amigo, aceitou o desafio, mas sem visto, o caminho para chegar a terra do Tio Sam foi através da fronteira com o México. Ele contou essa e outras histórias no Programa do Avesso.

“Um amigo meu ligou de lá me chamando para ir, meu pai disse que eu não era casado e que devia ir. Ele contratou o coiote e eu fui pela fronteira com o México. Foi tudo muito rápido, para algumas pessoas leva até 15 dias, mas comigo não”, afirmou.

Além dele, a travessia via México contou com outros três brasileiros, de Criciúma. Segundo ele, uma parte do trajeto foi percorrida de carro, e no meio da noite a travessia do Rio Grande, que divide os dois países. Mas antes de chegar aos Estados Unidos, pegou carona em uma carreta.

“A travessia do rio levou 15 minutos, a correnteza ajuda a levar e tem lugares que não dá pé. Quando chegamos do outro lado, o carro da imigração estava com o holofote ligado, mas apontado para o outro lado e não nos viram”, contou.

Edevaldo, conhecido apenas como Val, morou nos Estados Unidos até 2010, trabalhando na construção civil. Motivado pela crise no setor imobiliário e com saudade da família, retornou ao Brasil.

“Não me arrependo de nada. Quem for solteiro deve ir, mas tire o visto”. Embora tenha ficado alguns anos morando fora, não conheceu muitos lugares. “Assustaram muito a gente, dizendo que se viajasse a imigração pegava”, destacou.

De volta ao país natal, trabalhou por seis anos no Rio de Janeiro, onde era taxista executivo. Fazia apenas as rotas que envolviam aeroportos, já que falava bem inglês. Edevaldo teve contato com diversas celebridades.

“Foi uma mudança muito radical, carioca é muito diferente. Tony Ramos estava no meu táxi, tomando água, pediu para ir ao Leblon, estávamos conversando, ele começou a soar frio e passar a mão na testa, eu pensando, tem um milhão de táxi no Rio de Janeiro e ele vem passar mal no meu. Peguei outro caminho, parei em um posto, e quando ele desceu tinha uma poça no banco”, finalizou. 

Hoje Edevaldo mora em Içara, onde foi sócio de uma hamburgueria, porém, desistiu do negócio e procura emprego em outra área.

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