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Dos carros e caminhões para a construção civil, Eraldo da Rosa conta sua história

Ele foi o convidado do Nomes & Marcas deste fim de semana e falou sobre os seus negócios
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 15/09/2019 - 13:01 Atualizado em 15/09/2019 - 13:01
(fotos: Alice Lessa)
(fotos: Alice Lessa)

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Ele começou com uma revenda de automóveis, passou para caminhões e decidiu investir na construção civil. De Tubarão, a Eraldo Construções chegou em Criciúma recentemente. O Nomes & Marcas deste fim de semana recebeu Eraldo Tadeu da Rosa, que falou sobre seus empreendimentos, visões de futuro e os caminhos que a construção tomará nos próximos anos.

“Em 2010, eu tinha um grande sonho, meu pai era pedreiro, então pensei em colocar uma construtora, já que era isso que eu tinha no sangue. Migrei totalmente para a construção, mas com o foco de não ser o maior. Era para fazer o melhor possível num valor que o mercado pudesse pagar”, comentou.

Eraldo foi funcionário do antigo Banco do Estado de Santa Catarina (Besc), na cidade de Armazém, onde conseguiu juntar algum dinheiro e pode abrir a sua revenda, com fuscas e brasílias. Em 1992 passou a vender caminhões e seguiu neste ramo por duas décadas. Hoje a loja de veículos continua aberta, mas representa 10% de seus negócios.

O início na construção civil

Com nove anos de empresa, a Eraldo Construções já entregou dez prédios e tem mais cindo sendo construídos, em Laguna, Tubarão, Imbituba e Criciúma. “Era um sonho chegar nessa cidade maravilhosa”, frisou. Para ele, é preciso gostar do que faz e ter feeling. “Quando eu coloco foco para fazer algo, eu tento fazer o melhor possível”, disse.

Acredita que a mudança de governo não foi positiva para a construção civil. Por outro lado, imagina que o Brasil atrairá investidores entre 2021 e 2022. Em relação a região, a demora pela duplicação da BR-101 prejudicou o crescimento, mas a questão vem melhorando, principalmente depois da abertura do Porto de Imbituba.

“Todo mundo fala que é difícil ser empreendedor no Brasil. Eu acho que precisa ter o dom e que precisa ter coragem. Tem que sair de casa todos os dias buscando algo que você pode voltar para casa sem o resultado, enquanto estando com o salário fixo sabe que no dia 30 o pagamento vai estar lá”.

Os prédios da Eraldo Construções

Inovação. Esta é a palavra que melhor define os edifícios erguidos pela construtora. A partir de 2020 todas as obras serão entregues com energia fotovoltaica. As plantas passam por diversas alterações antes da versão final, para que os prédios fiquem do seu gosto.

“O conceito de moradia está totalmente diferente. Se você pegar hoje, um projeto de 10 anos atrás, o pessoal quer reduzir cada vez mais os espaços. Hoje em dia o pessoal não quer mais carro, existem outros métodos de transporte. Querem coisas compactas e modernas, não querem coisa grande por causa de manutenção”, comentou.

A ideia é proporcionar o máximo de comodidade e de economia. “Desde que a gente fez o primeiro prédio fizemos com o aproveitamento da água das chuvas. Temos um prédio que usa a água do ar condicionado. Para se ter uma ideia, cada máquina de 20 mil BTUs gera 2 litros de água por dia, calcula vezes 70 máquinas, vezes 22 dias úteis, então vê quantos mil litros da por mês”, destacou.

Rivalidade entre Tubarão e Criciúma

“Ainda tem. Ainda bem que eu gosto muito de Criciúma e de Tubarão, mas eu não tenho esse problema. Lá em Tubarão tem dois times de futebol, é uma cidade com 100 mil pessoas, então não cria um e nem outro. Eu não sei porque, essa rivalidade não é da minha época, mas existe sim”.

O Governo prejudica a construção?

“Existem muitas leis antigas que prejudicam o desenvolvimento. Na construção civil tem muita gente boa, bem intencionada, mas tem muito entrave com os órgãos públicos”, contou. Segundo ele, leva até um ano para conseguir o alvará que permita a construção de um prédio.

Cidades cada vez maiores

Para Eraldo, a tendência é que as pessoas busquem cada vez mais por apartamentos ou imóveis em cidades. Acredita que o êxodo rural seguirá forte nos próximos anos.

“As pessoas vão procurar cada vez mais a cidade, porque o campo vai ficar mais fácil. Os filhos vão ficar nos campos e vão ganhar muito mais dinheiro do que os pais deles, porque as novas tecnologias estão aí, com as máquinas, mas vão querer cada vez mais morar próximos dos centros”, analisou o empresário.

Empreender cada vez mais

“Eu tenho muita vontade de continuar a empreender. Eu não trabalho pelo dinheiro, mas se disser que não é bom ele não vem para você. Tem muita gente que pensa que os empresário só querem para si, mas não é bem assim, tem muito empresário que ajuda as outras pessoas. Eu amo o que eu faço e coloco minha alma nesse negócio”, concluiu.

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