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Dólar encosta em R$ 4,60 e o Real é a moeda que mais desvalorizou no mundo em 2020

Moeda sobe 1,55% e volta a bater recorde em dia tenso
Por Guilherme Nuernberg 05/03/2020 - 08:25 Atualizado em 05/03/2020 - 08:50
Foto: Marcello Casal Jr. - Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr. - Agência Brasil

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Num dia tenso no mercado financeiro, o dólar subiu e voltou a bater recorde nominal desde a criação do real. Nem a intervenção do Banco Central e as notícias vindas do exterior conseguiram segurar a cotação.

Em alta pela 11ª sessão seguida, o dólar comercial encerrou esta quarta-feira, 4, vendido a R$ 4,58, com alta de R$ 0,07 ou 1,55%. Desde o começo do ano, o dólar acumula valorização de 14,15%. Hoje, o Real tornou-se a moeda que mais se desvalorizou em todo o planeta em 2020. O euro comercial também bateu recorde nominal e fechou em R$ 5,10, com alta de 1,12%.

Além da divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2019, o mercado foi influenciado pela queda repentina dos juros pelo Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, que pode interferir nos juros básicos brasileiros, forçando novas reduções da taxa Selic.

Na terça-feira, 3,  à noite, o Banco Central emitiu comunicado informando que comparará qual efeito prevalecerá sobre a inflação: a desaceleração da economia global provocada pelo coronavírus e a deterioração dos ativos financeiros (alta do dólar e queda da bolsa).

O economista Lucas Rocco, enxerga o copo como meio cheio. "Muito se fala em desaceleração, porque o PIB cresceu só 1,1%. Está ruim, sem dúvida nenhuma, é praticamente um empate. Mas não podemos esquecer que em 2015 e 2016 nossa economia foi dizimada", lembrou. "Em 2015, a economia teve uma recessão de 3,5% e em 2016 3,3%. O pior aparentemente já passou e o país vai aos poucos se preparando para voltar a crescer", analisou o economista.

O PIB voltou a crescer apenas em 2017, com 1,3%. Em 2018 o crescimento foi na mesma porcentagem. "A construção civil depois de cinco anos, voltou a crescer. É o setor que mais emprega no país", exemplificou Rocco.

Contrariamente ao câmbio, o mercado de ações teve um dia de recuperação. Depois de um dia de queda, o índice Ibovespa encerrou a quarta-feira aos 107.224 pontos, com alta de 1,6%.

O índice refletiu o otimismo das bolsas norte-americanas, que subiram após a vitória do democrata Joe Biden na maioria dos estados que realizaram primárias ontem. "Foi uma surpresa, muita gente já esperava a desistência dele. Numa virada incrível. No entanto, as possibilidades do Partido Democrata são bastante restritas", comentou Rocco. Biden foi, por duas vezes, vice-presidente dos EUA nos mandatos de Barack Obama.

 

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