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Dia de cuidados com árvores ocas da praça Nereu (VÍDEOS)

Equipe da Famcri vai ao Centro para analisar casos como o do ligustro tomado por abelhas ou do guarapuvu atingido por raio
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 26/08/2019 - 09:01 Atualizado em 26/08/2019 - 09:03
Engenheiro Rodrigo da Rosa e o ligustro tomado por abelhas / Fotos e Vídeos: Denis Luciano / 4oito
Engenheiro Rodrigo da Rosa e o ligustro tomado por abelhas / Fotos e Vídeos: Denis Luciano / 4oito

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Schizolobium parahyba. Eis o nome científico do guarapuvu, uma das árvores com exemplar que preocupa na Praça Nereu Ramos. "Ela é alta e detectamos a necessidade de cortar", apontou, na manhã desta segunda-feira, 26, o engenheiro Rodrigo Diomário da Rosa. Ele é da equipe da Fundação Municipal de Meio Ambiente (Famcri) que voltou ao Centro para checar as condições das árvores. Das 16 recentemente mapeadas para remoção, dez já foram retiradas. Ainda restam seis com problemas.

"Segundo os taxistas aqui da praça, um raio acertou essa árvore em um temporal recente", lembrou o engenheiro. O trabalho da manhã desta segunda está sendo de poda, e não ainda de cortes. "Essa árvore, para cortar, precisamos de um caminhão muck um pouco maior, da Cosip, que agora não está disponível, pois ela precisa ser cortada por partes, de cima para baixo, pois derrubar árvore aqui é muito perigoso", destacou Rodrigo. Esse guarapuvu destaca-se no cenário entre as árvores por ser longo, estar com a ponta curvada e contar com poucas folhas. Nas imagens abaixo, o guarapuvu que precisa ser removido.

As demais cinco árvores que precisam ser removidas são os ligustros. São árvores plantadas nos anos 70 e que estão comprometidas, com seus caules corroídos e ocos. "Algumas espécies tem um ciclo de vida maior, outras tem um ciclo menor. A maioria das que retiramos são praticamente todas da mesma espécie, os ligustros, uma espécie exótica, é invasora na nossa região, na Mata Atlântica, e a gente percebeu que, provavelmente, eles devem ter sido plantados todos na mesma época. Praticamente tem a mesma idade", relatou o biólogo André Monteiro, que acompanhou a operação desta manhã na praça.

A intenção da poda que estã sendo feita é, também, abrir espaço para plantio de novas árvores. Já há mudas de palmeiras no local. "Estamos organizando um serviço de manutenção da arborização urbana. Envolve desde podas, estamos tirando galhos secos e mortos com algum risco de cair, e também para adequar as copas, abrir novos espaços para a Famcri poder realizar novos plantios, de novas árvores e espécies nativas, trazendo mais diversidade para a praça", destacou o biólogo. 

Ele admite que há risco de quedas das árvores mais secas, aquelas atacadas por pragas, cupins e outros insetos. "Os cortes necessários nós estamos fazendo, quando as árvores apresentam bastante risco de queda. A intenção é substituir por mudas de árvores novas, que futuramente estarão arborizando a praça. Provavelmente é o mesmo ataque de pragas, a mesma situação em todos eles. Pode acontecer queda, não podemos nunca excluir essa possibilidade. A chance é pequena, mas pode acontecer", explicou.

O caule oco de uma das dez árvores recentemente retiradas da praça

Há um caso curioso, de um ligustro tomado por um colmeia de abelhas. "São abelhas nativas, que não causam danos às pessoas, mas elas vivem ali", confirmou o engenheiro Rodrigo. "A gente pretendia retirar essa árvore, está comprometida, tanto que as abelhas estão utilizando como casa pois o tronco está oco por dentro. Pela presença delas ali a gente resolveu manter aquela parte do tronco, estamos estudando uma poda para retirar alguns galhos e não deixar a copa tão pesada. É uma árvore com risco de queda maior", emendou o biólogo. "Vamos tentar manter o tronco com as abelhas ali", concluiu.

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