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“Deus não manda pragas”, salienta Padre Antonio Vander

Reitor do Santuário falou do atual momento em entrevista ao programa Adelor Lessa
Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 08/04/2020 - 17:15 Atualizado em 08/04/2020 - 17:31
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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Em tempos de pandemia, muito se fala e alguns criam teorias sobre o surgimento do coronavírus. Uma delas, citada por muitas pessoas, é que a praga foi enviada por Deus. Fato que é rebatido pelo reitor do Santuário Sagrado Coração Misericordioso de Jesus, padre Antonio Vander. “Primeiramente tendo muito claro o Deus bíblico. O Deus que não manda praga para nenhum ser humano. A praga que estamos vivendo. A praga que estamos enfrentando não é fruto de Deus, mas é fruto das ações humanas. Esse vírus não é fruto de um querer de Deus, mas fruto do querer humano. Isso não é Deus que quer”, destacou em entrevista ao programa Adelor Lessa, da rádio Som Maior. 

O sacerdote deixa claro que é preciso ter isso em mente para não se fazer leituras equívocas.  “Achar que está chegando o final dos tempos, é o apocalipse se manifestando, é o mau se manifestando. Parece que Deus está dando sinais de que o mundo está para acabar. Temos que ter a noção muito nítida de que Deus não manda pragas para castigar o ser humano, mas o ser humano mesmo cria o seu próprio limite quando ele é dono e faz uso da razão que tem e pode transformar o mundo que tem em suas mãos”, disse.
Padre Vander lembrou de outras pestes que acometeram o mundo, mas citou uma diferença. “Houveram pestes, sofrimentos que abrangiam um pequeno pedaço de chão, hoje é uma pandemia que engloba o mundo inteiro. Somos vítimas e causadores de muitas coisas que estão acontecendo. Tem que se recolher, ficar em casa, se proteger”, enfatizou.

O desafio dos sepultamentos

Em meio à pandemia, onde a ordem é evitar aglomerações, Padre Antonio Vander, revelou que o maior desafio é quanto aos sepultamentos. “Os padres vão, mas tem que manter distância do caixão, das pessoas. E todos os dias, morrem 10, 15 pessoas em nossa diocese. Tem padre que faz dois enterros por dia. Não ligado ao Covid-19, mas a outros problemas. Porque parece que hoje as pessoas só morrem de Covid-19. Têm pessoas morrendo de infarto, câncer, outras coisas. Hoje tem 30, 40 pessoas em cada velório”, revelou.

Celebrações online

Os horários de missas, contou o sacerdote, seguem normais, porém de forma online. “Precisamos sustentar o mundo com a nossa oração, então as missas transmitidas pelas lives. Houve uma invasão das redes sociais, no bom sentido da palavra. Confesso que a reposta está sendo bastante significativa pelas redes sociais. Cada paróquia está fazendo tudo que pode para salvaguardar a fé”, frisou.

A quantidade de pessoas que necessita de ajuda aumenta devido à quarentena e à impossibilidade de trabalhar e, neste sentido, padre Vander ressaltou o trabalho feito pela igreja. “A Igreja Católica tem um trabalho de ação social bem articulado. Todas as paróquias têm pela Cáritas, que trabalha com a assistência, encaminhamentos. Têm as paróquias que distribuem mais de 200 cestas básicas por mês. Neste tempo de pandemia, os padres estão colocando alimentos nos carros e levando nas periferias”, pontuou. 

Quem deseja realizar doações pode levar as doações nas paróquias.

Tags: coronavírus

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