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Da Venezuela para a nova vida em Criciúma

Uma família de venezuelanos refugiados está na cidade. Outra vem em breve para Içara
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 14/10/2019 - 17:57 Atualizado em 14/10/2019 - 17:59
Foto: Denis Luciano / 4oito
Foto: Denis Luciano / 4oito

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"Tem criança que olhou fruta com uma admiração, que nos tocou. Algo que elas não viam havia meses". O relato de Deivid Hoeppers ilustra a situação dos refugiados da Venezuela que estão sendo alocados na região. Em um projeto capitaneado em nível nacional pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Criciúma e Içara entraram no roteiro de destino dos venezuelanos que buscaram no Brasil novas expectativas perante à crise que assola o país de origem deles.

Eles sofrem com a fome e a miséria, mas já há famílias encaminhadas, e bem. "Uma dessas famílias que entrou em Roraima a pé, caminhando, depois de perder tudo na Venezuela, eles estão em Criciúma, em uma casa montada pela igreja e alugada. O pai já está trabalhando como eletricista em Criciúma, veio com a esposa e três filhos. Estão muito felizes aqui", conta Marcos Vinícius. "No começo, estamos ajudando, mas com o tempo a ideia é que eles se tornem autosuficientes", detalha.

Agora, está sendo preparada uma segunda casa, para alocar outra família da Venezuela, desta vez em Içara. "Essas pessoas estão em barracas lá em Roraima, esperando um rumo. Nós estamos encabeçando essa ideia com a comunidade, começamos pela Próspera e agora vamos para Içara. Essa segunda família chega até quinta-feira e depois queremos trazer outra família", refere Deivid. "Ainda não conhecemos quem são, o pessoal que está lá é que faz a escolha", destaca.

Apoio para a viagem

Empresas de aviação estão fornecendo as passagens aéreas gratuitamente para embarcar os refugiados para vários pontos do Brasil. "Não estamos sozinhos nessa empreitada", afirma Deivid. "É tudo muito organizado. Para dar ok para a vinda da família tem que estar tudo certo. Não adianta tirar eles de lá e trazer para passar mais dificuldade, esse não é o propósito", enfatiza. "Entre esses refugiados há médicos, engenheiros, comerciantes, gente em busca de oportunidade", completa Marcos.

O idioma é uma das dificuldades enfrentadas pelos refugiados. "A Unesc tem um projeto para dar aulas gratuitas para imigrantes, ficamos bem felizes com essa notícia, pois alguns desses venezuelanos tem dificuldades para assimilar até o idioma", conta Marcos. 

Com apoio da população, estão sendo arrecadados móveis e alimentos. As doações podem ser entregues na Lavanderia Lava e Leva, na Rua Pedro Benneton, 164, em Criciúma. Mais informações pelo telefone 99679.1996.

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