Está montada na Assembleia Legislativa (Alesc) a CPI da Ponte Hercílio Luz, que vai investigar os gastos anos a fio em reformas e as denúncias de possíveis irregularidades relacionadas ao cartão postal de Florianópolis. O deputado Marcos Vieira (PSDB) foi eleito presidente, com João Amin (PP) de vice e Bruno Souza (PSB) será o relator.

"Conforme determina o nosso regimento, na próxima reunião o relator da CPI vai ter que apresentar todo o roteiro. A partir daí vamos tomar as decisões pertinentes à sua execução", informou o deputado Marcos Vieira, em entrevista ao Ponto Final da Rádio Som Maior.

Vieira prometeu "transparência e responsabilidade" nos trabalhos da comissão. "Somente no período de investigação vamos saber se houve irregularidade ou não", comentou.

A crítica de Jessé

Contrariado com a definição da presidência da CPI, o deputado Jessé Lopes (PSL) fez circular um vídeo com discurso de protesto hoje à tarde. "Será mais uma CPI que vai acabar em pizza, a velha política outra vez", disparou.

Em resposta, o deputado Marcos Vieira relacionou o seu currículo, com doze anos de mandatos na Alesc. "Tenho 47 anos, sou o único advogado por formação na comissão, tenho 25 anos de atuação no Direito.  Já presidi diversas comissões na Alesc e fiquei muito honrado em ter sido escolhido pelos meus pares", afirmou.

Vieira chegou a dizer que não desejava presidir a CPI. "Mas pediram que eu entrasse para dar celeridade, para não fulanizar, para não dizer que é o governador tal ou tal. A CPI vai investigar o que tem que ser investigado, não vai se fulanizar nem ter estardalhaço. Vamos cuidar do que tem que ser cuidado. Haverá transparência e responsabilidade, em respeito à sociedade catarinense", emendou.

Questionado sobre a demora de anos para implantação de uma CPI para investigar as obras da ponte, Vieira disse que faltava iniciativa de um deputado. "Simplesmente porque em legislaturas anteriores nenhum deputado se dispôs a recolher assinaturas. O deputado Bruno fez isso como compromisso na sua campanha e colocou em prática. Conseguiu, está instaurada e vai funcionar normalmente", concluiu.